"A reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares", afirmam os pesquisadores.
"A reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares", afirmam os pesquisadores.Reprodução/ Internet
Por O Dia
A nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgada nesta quarta-feira (12), aponta para ligeira redução nas taxas de mortalidade da doença nas últimas duas semanas. O número de óbitos, no entanto, permanece em um patamar alto – o maior desde a introdução do vírus Sars-CoV-2 no Brasil. Também foi observada, em grande parte das unidades da federação, redução da taxa de ocupação de leitos UTI de Covid-19 para adultos. A análise é relativa à Semana Epidemiológica (SE) 18, período de 2 a 8/5.

Os pesquisadores do Observatório Fiocruz Covid-19 alertam que, diante do patamar epidêmico atual, uma nova explosão de casos de Covid-19 será crítica. Até o momento já foram notificadas mais de 420 mil mortes. “É fundamental o reforço das ações de vigilância em saúde para fazer a triagem de casos graves, o encaminhamento para serviços de saúde mais complexos, bem como a identificação e aconselhamento de contatos. Nesse sentido, a reorganização e ampliação da estratégia de testagem é essencial para evitar novos casos, bem como reduzir a pressão sobre os serviços hospitalares”, ressaltam.
Leitos

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS), entre os dias 3 e 10 de maio, apresentam sinalização de melhoria no quadro geral da pandemia. Esta conjuntura repercurte na sobrecarga da Covid-19 no sistema de saúde, afetando atendimentos de necessidades por outras condições de saúde.
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Na região Norte, o Acre e o Amazonas deixaram a zona de alerta da taxa de ocupação de leitos. No Sudeste, Minas Gerais e Espírito Santo saíram da zona de alerta crítico. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e o Distrito Federal apresentaram quedas no indicador superiores a nove pontos percentuais, sendo que Mato Grosso deixou a zona de alerta crítico.

O Nordeste manteve relativa estabilidade, com alguma melhora do indicador no Maranhão e Ceará e permanência de cinco estados com taxas de 90% ou mais. No Sudeste, o Rio de Janeiro é atualmente o único que na zona crítica. Na Região Sul, o Rio Grande do Sul manteve a tendência de queda, se diferenciando ainda mais dos outros estados, que se mantiveram com taxas superiores a 90%.

Óbitos

Em relação aos casos de óbitos por Covid-19, foram registrados valores ainda altos, próximos à marca de 2,1 mil mortes diárias, com uma tendência de queda do número de casos a partir de abril. Na Semana Epidemiológica (SE) 18, foram notificados no país uma média de 61 mil. O número de casos aumentou ligeiramente para uma taxa de 0,3 % ao dia, enquanto o número de óbitos foi reduzido a uma taxa diária de -1,7, mostrando uma tendência de ligeira queda, “mas ainda não representa uma tendência de contenção da epidemia”. Foi verificada uma ligeira queda nas taxas de letalidade, que se encontravam na faixa de 2% no fim de 2020, chegando a um valor máximo em meados de março (4,5%) e caindo para 3,5% na última SE.
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