Festas com aglomerações estão proibidas em todo o Estado pelo Plano São Paulo de combate à pandemia.
Festas com aglomerações estão proibidas em todo o Estado pelo Plano São Paulo de combate à pandemia.Foto: reprodução internet
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Mesmo com as internações por covid-19 em alta e o risco de uma terceira onda mais grave que as anteriores, pelo menos 50 eventos, entre festas e "pancadões", foram flagrados pela fiscalização das prefeituras e pela Polícia Militar entre a noite de sexta-feira, 28, e a madrugada desta segunda, 31, em várias regiões da capital e do interior de São Paulo. Festas com aglomerações estão proibidas em todo o Estado pelo Plano São Paulo de combate à pandemia.
Em Campinas, ao menos 5.200 pessoas foram dispersadas em bares e aglomerações até a madrugada desta segunda, conforme levantamento parcial da prefeitura. Dez estabelecimentos foram autuados, seis foram fechados e um bar foi lacrado por descumprir as normas sanitárias. Moradores registraram aglomerações em bares e calçadas do Cambuí, bairro nobre da cidade, na noite de sábado. Na cidade, com alta em casos e internações pela covid-19, vigora o toque de recolher entre 20h e 5h nos fins de semana.
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Um homem de 39 anos foi detido por organizar uma festa clandestina na estância Alvorada, em São José do Rio Preto. Entre as 150 pessoas que estavam no local, sem máscaras e aglomeradas, havia menores com idades entre 12 e 15 anos. Na semana passada, no mesmo local, houve um evento com 400 pessoas, mas o organizador conseguiu fugir. Desta vez, o organizador foi levado ao plantão da Polícia Civil e indiciado em inquérito por favorecer a propagação de doença contagiosa. Em outra festa com 100 pessoas, no bairro Morada do Sol, havia menores e consumo de bebidas.
Em São Carlos, uma força-tarefa interditou uma festa com mais de 100 pessoas, na madrugada de domingo, no bairro Monte Carlo. O baile clandestino, no salão de um sobrado, tinha cobrança de ingresso e venda de medidas alcoólicas. Segundo a prefeitura, houve um princípio de tumulto durante a abordagem, contido pelas equipes da Guarda Civil Municipal (GCM) e pela Polícia Militar. O responsável pelo evento e um cliente foram detidos por desacato e levados ao plantão policial. Um relatório será enviado ao Ministério Público.
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Em Presidente Prudente, os participantes de uma festa clandestina chegaram a invadir o cemitério municipal campal para fugir da abordagem da Polícia Militar. Havia ao menos 100 pessoas na chácara onde aconteceu a "rave", segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. O organizador foi autuado e vai responder pelo descumprimento de medidas sanitárias.
Em Conchal, duas festas foram interrompidas pela Guarda Civil Municipal (GCM). Cada evento reunia entre 100 e 200 pessoas sem máscaras em chácaras da cidade. Os dois organizadores foram multados em R$ 10 mil cada um. Em Limeira, guardas municipais dissolveram um "pancadão" com uma centena de jovens no bairro Ernest Kuhl, na madrugada desta segunda. Em Sorocaba, operação integrada da PM e da GCM paralisou "pancadões" nos bairros Paineiras e Vitória Régia. Os participantes fugiram, mas deixaram os veículos estacionados irregularmente no local. Ao menos 110 carros foram multados.
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Balanço
Na capital paulista, o Comitê de Blitze do governo estadual e da Prefeitura de São Paulo encerrou dois eventos clandestinos, na noite de sábado nos bairros Pinheiros e Bela Vista. Mais de 700 pessoas estavam nos bares no momento da abordagem. A festa clandestina, em um bar de Pinheiros, reunia cerca de 600 pessoas, a maioria sem máscaras. Quatro funcionários foram levados ao plantão policial e autuados por infração a medida sanitária preventiva. No Bela Vista, uma festa com 150 pessoas foi fechada e três funcionários foram detidos.
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Conforme balanço parcial da Polícia Militar, entre a noite de sábado, 29, e a madrugada de domingo, 30, foram realizadas 43 ações de apoio aos municípios para dissolver 444 pontos de aglomeração em todo o Estado. Mais de 40 mil veículos foram vistoriados e 113 pessoas foram detidas. Desde fevereiro deste ano, as forças da segurança paulistas atuaram em 4,5 mil ações de combate a aglomerações no Estado. Só a PM apoiou 2.270 operações que resultaram na prisão de mais de 10 mil suspeitos.