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Por O Dia
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) encaminhou, nesta segunda-feira, pedidos para apuração de possíveis violações dos direitos humanos pela realização da Copa América no Brasil, prevista para o início no próximo domingo, 13, a 10 de julho.
O ofício foi encaminhado aos procuradores regionais dos Direitos do Cidadão (PRDC) dos estados de Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo. O documento atende o pedido do Grupo de Trabalho (GT) Empresas e Direitos Humanos, da própria PFDC, que sugere a realização de uma ação coordenada voltada à investigação de eventuais práticas que violem, especialmente, os direitos à vida e à saúde, por parte de organizadores, transmissoras e patrocinadoras do evento.
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O procurador federal dos direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, sugere à unidade do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro a apuração de atos praticados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), pelas empresas patrocinadoras do evento (Mastercard, Ambev, Latam, Semp TCL, Diageo, Kwai, Betsson e TeamViewer), pelos governos estadual e municipal.
Em São Paulo, a proposta é que as investigações se iniciem pelo SBT, Disney (canais ESPN e Fox Sports) e pelas empresas patrocinadoras das transmissões (Kwai e Betfair). No DF, é sugerido a apuração em relação aos atos criminosos ou omissivos praticados pelos governos federal e distrital. Já o MPF de Goiás e de Mato Grosso pede-se a apuração para saber quais serão as ações dos governos estaduais e municipais referentes ao local da partida.
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O documento destaca a decretação de situação de calamidade no Brasil, em decorrência da pandemia da Covid-19, a possibilidade de transmissão de pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas, a circulação de diversas variantes cujos estudos indicam associação à maior carga viral e maior potencial de transmissão. Lembra ainda que as cidades sedes têm mais de 80% de ocupação de leitos de UTI devido ao agravamento da pandemia.
Pelo menos, 585 pessoas de diferentes países circularão pelo Brasil entre equipe técnica, funcionários dos estádios, seguranças, jornalistas e torcedores, inclusive com intercâmbio de novas cepas. 
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