Segundo o secretário de Saúde do município, Rui Borges, foram contadas 38 marcas de tiro no corpo de Lázaro.Reproduções de vídeos

Por O Dia
"Eu queria ele preso para ele pagar pelos crimes dele", disse uma das vítimas do criminoso Lázaro Barbosa de Sousa, morto nesta segunda-feira, 29, em confronto com a polícia, após 20 dias da caçada histórica ao “serial killer”. Moradora de Ceilândia, no Distrito Federal, a mulher foi estuprada em 2009 por Lázaro e pelo irmão dele, Deusdete, assassinado há cinco anos. Em entrevista ao jornal O Globo, a vítima conta que se lembrou da família que, segundo a polícia, foi morta pelo assassino na mesma região.
Cláudio Vidal de Oliveira, de 48 anos, a mulher dele, Cleonice Marques de Andrade, de 43, e os filhos do casal, Gustavo Marques Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, de 15, foram mortos por Lázaro em 2009.
Publicidade
“Estava pensando muito na Cleonice e fiz uma oração muito forte. Desejei muita luz para ela, para eles todos. Mas principalmente para ela, para que ela siga o caminho da luz. Porque ela sofreu muito. E rezei muito para que ele fosse preso. E agora esse alívio. Não era o que eu esperava. Eu queria ele preso para ele pagar pelos crimes dele”, disse ela.
A vítima conta que se lembrou da violência sofrida por ela quando tinha 19 anos e do trauma que viveu. Após invadir sua casa e torturar sua família, Lázaro e seu irmão Deusdete a levaram para um matagal. No local, a jovem conta que foi violentada e agredida física e verbalmente pelos criminosos.
Publicidade
“Foi muito difícil superar. Anos trabalhados. E ainda vai ser. Mas me sinto firme. Desejando muita luz para as vítimas mortas. Na época, tinha certeza que ia morrer”, contou.
A busca por Lázaro Barbosa, de 32 anos, terminou na manhã desta segunda-feira, 28, após 20 dias de uma megaoperação policial com ajuda de helicópteros, drones, cães farejadores e uma força-tarefa com mais de 270 policiais. O criminoso estava na periferia de Águas Lindas quando foi cercado pela polícia e, segundo o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, tentou fugir do cerco e entrou em confronto com os agentes ao descarregar uma pistola contra eles. Ainda segundo o secretário, além da arma, o criminoso estava com mais de R$ 4,4 mil no bolso que poderiam ser usados para fugir.
Publicidade
A vítima contou que se sente mais segura
“Ele estava assistindo às reportagens, estava de olho no que a gente estava falando. Com certeza ele viu que eu tinha falado do meu caso. Fiquei com muito medo. Hoje me sinto mais segura, sim”, afirmou.
Publicidade
Na época do crime, os irmãos conseguiram escapar do cerco policial feito na região de mata onde eles mantinham a vítima. Lázaro foi preso em Pirenópolis, em Goiás, após o reconhecimento dele pela vítima. O julgamento ocorreu em 2010 e, condenado, Lázaro foi para o Complexo Penitenciário da Papuda. Em 2016, no entanto, Lázaro deixou o local num indulto de Páscoa e não voltou mais.