Vacinada com CoronaVac, veterinária frauda sistema e recebe 3ª dose da Janssen Reprodução

Por iG
São Paulo -A veterinária Jussara Sonner, de Arujá, na Grande São Paulo, foi vacinada com as duas doses da CoronaVac entre fevereiro e março deste ano. Mesmo assim, conforme ela mesmo afirmou em seu Facebook, ela furou a fila da vacinação para receber o imunizante em dose única da Janssen. 
Jurrara disse por meio de uma postagem na rede social que não estava se sentindo protegida com a CoronaVac e, por isso, foi a outro posto e se imunizou novamente.
Publicidade
No Facebook de Jussara, é possível encontrar publicações feitas em 9 de fevereiro e 2 março que mostram que ela tomou duas doses da CoronaVac na UBS Vila Fátima, em Guarulhos. 
Em 30 de junho, ela foi à UBS Uirapuru, também em Guarulhos, e se vacinou com uma terceira dose, essa da Janssen. "Fui em um bairro meio que de favela em Guarulhos, onde não havia computadores para verificação online. Uma sorte! Anotaram meus dados numa folha timbrada. Quando cair no sistema será tarde demais", escreveu Jussara. 
Publicidade
"Nem o comprovante de endereço olharam", completou veterinária. "Sei que nenhuma vacina é totalmente segura, pois não houve tempo para a realização dos testes. Mas como no início do ano tomei a 'vachina' [sic] estava bastante incomodada com isso. Esperei o tempo necessário, três meses, e hoje consegui tomar a da Janssen. Agora me sinto mais protegida, é dose única e estou liberada para viajar para onde eu quiser. Agora sim que viro jacaré", escreveu em seu Instagram.

Ao ser procurada pelo UOL, a prefeitura de Guarulhos afirmou que tomou conhecimento das postagens de Jussara nesta manhã. Segundo nota, o prefeito da cidade, Gut, imediatamente determinou que o caso fosse enviado ao Ministério Público Estadual para que o caso seja investigado.

A Secretaria Municipal de Saúde de Guarulhos também abriu um procedimento interno para apurar o que pode ter ocorrido para que a mesma pessoa fosse vacinada duplamente com dois imunizantes diferentes, ainda de acordo com informações do UOL.

Vale lembrar que a lei estadual nº 17.320, em vigor desde 12 de fevereiro deste ano, prevê multa de R$ 1.700 para quem "descumprir a ordem cronológica de vacinação de grupos prioritários definidos no plano de imunização contra a Covid-19".