CPI ouve Roberto Ferreira Dias sobre contrato para compra da Covaxin.Reprodução
“Confesso que neguei um pedido de cargo para o seu irmão servidor e por um momento imaginei que pudesse ser uma retaliação. Confesso que sempre achei desproporcional demais. Mas agora, o que se deslinda, é a possibilidade de ter ocorrido uma frustração no campo econômico também”, afirmou à CPI. Veja:
Segundo o ex-funcionário da Saúde, Miranda manteria contato com Cristiano Carvalho, representante da Davati no Brasil, desde setembro. O policial Luiz Paulo Dominguetti se apresentou como representante da empresa ao oferecer 400 milhões de doses da Astrazeneca ao governo. "Deputado mentiu e possuía contato com Cristiano desde setembro", disse, questionando ainda se teria ele "atrapalhado" algum "negócio" do parlamentar.Roberto dias diz estar sofrendo perseguição por irmãos Miranda por ter negado pedido de nomeação de cargos.
— Jornal O Dia (@jornalodia) July 7, 2021
Assista:
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"Estou sendo vítima de ataques contra minha honra por duas pessoas desqualificadas", afirmou. Dias negou ainda que tenha pressionado o irmão de Luis Miranda para acelerar o contrato da Covaxin. Segundo ele, a mensagem enviada ao servidor tratava da vacina da Astrazeneca, e não do imunizante indiano.
Entenda
Roberto foi exonerado no dia 29 de junho, acusado de ter pedido propina de US$ 1 por dose da AstraZeneca para autorizar a compra do imunizante pelo governo federal. Além disso, os senadores também pretendem esclarecer as acusações de que ele teria pressionado servidores da Saúde para acelerar a importação da Covaxin, mesmo após indícios de fraude. A denúncia foi feita durante depoimento dos irmão Luiz Miranda (DEM-DF) e Luiz Ricardo Miranda.
"É o famoso comentário que segue a mesma estratégia de todos. Desconstruir a testemunha. Fazer ter uma dúvida para que a base bolsonarista faça um recortezinho", afirmou Miranda.
O político do DEM negou que o irmão tivesse qualquer pretensão de mudar de cargo. O servidor é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, setor que era comandado por Dias.
"O que me recordo era que meu irmão queria sair desse departamento pela quantidade de denúncias de rolos, para não chamar de corrupção que esse departamento tem, o DLOG", disse Miranda.
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