Doria critica Bolsonaro pela falta de combate à pandemia: 'merece desprezo'
Governador de São Paulo se colocou, novamente, como pré-candidato à presidência e afirmou ser importante o fim da polarização
João Doria - Sergio Andrade/Governo de SP
João DoriaSergio Andrade/Governo de SP
Por iG
São Paulo - O governador de São Paulo, João Dori, voltou a criticar as ações do presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia e disse que ele é 'desprezado pela população'. A declaração foi dada em coletiva de imprensa de anúncio do início dos testes clínicos da ButanVac, a nova vacina do Instituto Butantan, realizada nesta sexta-feira (09) em Ribeirão Preto (SP).
Ao ser questionado sobre a pesquisa Datafolha que aponta maior rejeição de Bolsonaro à frente da República , Doria se limitou a dizer que Bolsonaro "está recebendo o que merece, o desprezo da população". O levantamento mostrou que 51% da população rejeita a atuação do governo federal. O índice é recorde desde o início do mandato de Bolsonaro.
"Com os extremos, vamos transformar o Brasil num campo de guerra, de conflitos sociais. Bolsonaro foi eleito como o anti Lula e veja só a situação do país nesse momento. Acabamos elegendo um negacionista, aumentando a crise da pandemia, a crise econômica, o desemprego, a fome e a miséria", disse João Doria, em entrevista à reportagem após à coletiva.
Em entrevista ao iG, Doria comentou sobre a disputa eleitoral de 2022 e minimizou as pesquisas eleitoras realizados por institutos. Nas pesquisas, o governador, que se apresenta como pré-candidato à presidência pelo PSDB, aparece em quarto lugar, atrás de Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes.
No levantamento feito pelo Datafolha e publicado nesta sexta-feira, Doria apresenta 5% das intenções de voto no primeiro turno . No entanto, em caso de eventual segundo turno contra Bolsonaro, o tucano teria a preferência de 46% da população contra 35% do atual presidente.
João Doria disse acreditar ser provisória a polarização política entre extremos e se diz esperançoso por uma candidatura de centro. Ele ressaltou que as preferências eleitorais por Lula e Bolsonaro nas pesquisas de intenções de voto são momentâneas e prevê situação tranquila para sua candidatura.
"É momentâneo. O retrato da pesquisa é o retrato de hoje, não é o retrato de amanhã. Quantas pesquisas foram realizadas, um ano e meio, um ano e cinco meses, um ano e quatro meses das eleições e foram completamente frustradas pelas eleições. Portanto, é apenas um indicador momentâneo, nada em relação ao futuro", afirmou.
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