Representante brasileiro da empresa Davati Medical Supply, Cristiano Alberto Carvalho, na CPI da Covid, 15Pedro França/Agência Senado

Brasília - Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, afirmou que Dominguetti foi “ingênuo” ao reproduzir o áudio do deputado Luis Miranda (DEM-DF) durante depoimento à CPI no dia 1° de julho. O representante contou que, logo após a divulgação, mandou mensagem ao cabo da PM e vendedor da Davati para informar que o áudio era antigo e que o parlamentar falava sobre negociações relacionadas a luvas e não a vacinas.
Há duas semanas, Luiz Paulo Dominguetti Pereira disse em depoimento à Comissão que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) tentou negociar a compra de vacinas contra a Covid-19. Entretanto, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), comprovou através de uma ata com todo o conteúdo das negociações, e afirmou que o áudio apresentado era sobre luvas e não sobre a vacina. No mesmo dia, o deputado desmentiu Dominguetti e confirmou se tratar sobre negociação de luva.
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Dominguetti disse ter sido induzido ao erro pela forma em que esse áudio apresentado a ele. "Eu recebi o áudio e acreditei no áudio de boa-fé. Me foi postado e induzido a acreditar que eram vinculados, que eram postagens próximas, uma embaixo da outra, dando a entender a mim que eram vinculados ao mesmo fato. A forma que eu recebi o áudio, que ela sugeria, uma ligação, que eram as mesmas tratativas".
No depoimento desta quinta-feira, Cristiano afirmou acreditar que Dominguetti não “agiu de má fé” e que em nenhum momento o orientou para que divulgasse o material. "Ele foi mal orientado ou induzido, e não fui eu", disse.