Vista aérea da Cidade Universitária â.Armando de Salles Oliveiraâ.. - USPGeorge Campos/Jornal da USP/Direitos Reservados
Segundo informou a USP, o conselho é a última instância de análise dos processos e os alunos envolvidos ainda poderão apresentar pedido de reconsideração. Se mesmo depois dos pedidos a decisão for mantida, os estudantes serão expulsos da universidade.
Além disso, a Pró-Reitoria de Graduação da universidade está investigando 193 denúncias de supostas fraudes na autodeclaração de pertencimento ao grupo PPI (pretos, pardos e indígenas) envolvendo estudantes que entraram na USP por meio da reserva de vagas, conforme informações da instituição.
As denúncias são referentes ao período de 2017 a 2021, sendo 161 relacionadas ao ingresso via Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e 32 à Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). No período, foram recebidas 381 denúncias, mas 160 foram descartadas e 27 não tiveram andamento, porque os próprios alunos cancelaram a matrícula. Além disso, no ano passado, houve a invalidação de matrícula de um aluno do Instituto de Relações Internacionais (IRI) por fraudes racial e socioeconômica.
Denúncias
Depois de avaliados pela Pró-Reitoria, os casos são encaminhados às Comissões de Averiguação e de Invalidação de Matrículas. Cada comissão é formada por três docentes, sendo um deles necessariamente preto ou pardo.
Balanço
De acordo com a USP, ela adota a reserva de vagas para alunos de escolas públicas e autodeclarados PPI nos cursos de graduação desde o vestibular de 2016, quando o Sisu foi implementado como nova forma de ingresso na universidade, além da Fuvest.
Em 2018, o Conselho Universitário aprovou a reserva de vagas para estudantes vindos de escolas públicas, sendo que, nesta reserva, também incide o percentual de 37,5% de cotas para estudantes autodeclarados PPI. O índice equivale à proporção desses grupos no estado de São Paulo, segundo verificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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