Jair BolsonaroReprodução

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na manhã desta quinta-feira, 29, que vai rebater o Supremo Tribunal Federal (STF) por dizer que a instituição não “tirou poderes” dele durante a pendemia de covid-19. A indignação do presidente, veio após a divulgação de uma mensagem, nesta quarta-feira, 28, do perfil oficial do STF no Twitter, na qual desmente as diversas declarações de Bolsonaro, que responsabiliza a suprema corte por impedir o trabalho do governo federal durante a pandemia, em julgamento realizado em abril do ano passado.
No post publicado pela STF, a frase “uma mentira contada mil vezes não vira verdade” foi destacada. Bolsonaro, por sua vez, disse que o conteúdo do vídeo se tratava de uma “fake news”. O presidente afirmou ainda que o tribunal “cometeu um crime” ao permitir que prefeitos e governadores suprimissem direitos por conta da pandemia.
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O STF explica que a decisão dos ministros apenas determinou que o governo Bolsonaro, estados e municípios têm “competência concorrente” para atuar na pandemia. Nada, portanto, que vetasse a atuação do governo em todo o país. “Não espalhe fakenews, compartilhe as verdades do STF”. Confira a mensagem da Corte:
 
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Durante conversa com seus apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro anunciou que daria uma resposta ao Supremo:
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“Vou rebater logo mais a nota do Supremo Tribunal Federal de ontem, dizendo que não tirou poderes meus. Isso é fake news. O Supremo decidiu que as medidas restritivas impostas por governadores e prefeitos não poderiam ser modificadas por mim. Então o Supremo, na verdade, cometeu um crime, ao dizer que prefeitos e governadores, de forma indiscriminada, poderiam simplesmente suprimir todo e qualquer direito previsto no inciso 5º da Constituição, inclusive o ir e vir”, declarou.
Minutos depois, ele disse ter “uma nota”, que não foi publicada até o momento, mas que não seria para “peitar” o STF. O presidente declarou que não houve omissão da sua parte e prometeu demonstrar tudo o que fez o governo federal em “meia dúzia de pequenos parágrafos”.
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“Eles dizem lá que uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade. Isso é verdade, eles tinham que aplicar para a esquerda”, comentou, invertendo o que afirmou o Supremo.