Reverendo Amilton Gomes presta depoimento à CPI da Covid nesta terça-feiraAgência Senado
Questionado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) acerca da suposta cobrança de U$1 de propina por dose da vacina, o depoente afirmou que não tinha conhecimento da proposta, mas que as doses, de fato, foram garantidas pelo dono da Davati. Confira:
Reverendo Amilton disse que Herman Cardenas, dono da Davati, garantiu que tinha as vacinas.
— Jornal O Dia (@jornalodia) August 3, 2021
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Amilton também foi questionado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) acerca de uma doação mencionada pela Davati. Segundo ele, Cristiano Carvalho, representante da Davati, falou em doação à Senah, mas não apresentou o valor. Veja:
Reverendo Amilton afirma que Senah receberia uma doação após venda de vacinas, mas o valor não foi estabelecido.
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Sobre cartas encaminhadas a governadores e prefeitos com ofertas de vacinas, Amilton também disse não se lembrar de qual o preço das vacinas informado pela ONG. “Gente, o senhor não sabe de nada?”, ironizou o senador. No entanto, posteriormente, o reverendo afirmou que o valor cobrado foi de US$ 3,50, mas que os governadores não responderam às ofertas de vacina pela Senah e que ele também não cuidava da demanda de negociação com os gestores estaduais.
Ainda segundo o reverendo Amilton Gomes de Paula, houve uma reunião no Ministério da Saúde no dia 12 de março, para tratar sobre a proposta da Davati, arranjada pelo coronel Helcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil. Questionado pelo senador Renan Calheiros, no entanto, o depoente afirmou que não tinha relação com Helcio. "Minha relação com ele [Helcio] é institucional", disse.
Segundo o depoente, cerca de dez pessoas participaram do encontro, entre eles, Luiz Paulo Dominguetti, Cristiano Carvalho, o então secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, e o ex-diretor de Programas do ministério, coronel Marcelo Bento Pires.
Amilton Gomes também afirmou que chegou a discutir, no dia 9 de março, com o presidente do Instituto, sobre outros projetos. Entre eles, a proposta que estava em tramitação no Congresso Nacional e que autorizava a compra de vacinas anticovid empresas para imunização de seus funcionários e doação de 50% ao SUS. O projeto não foi aprovado.
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