Na manhã desta sexta-feira, 13, a PF cumpriu o mandado de prisão preventiva, que foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de MoraesDivulgação
Perfil do Twitter de Roberto Jefferson sai do ar após prisão
Na plataforma, há um texto que afirma que a conta não existe mais. O presidente do PTB teve o mandado expedido em razão do inquérito das milícias digitais
O perfil do Twitter do ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, saiu do ar nesta sexta-feira, 13, horas após sua prisão pela Polícia Federal.
No seu perfil @BobJeffRoadKing", ao acessar a conta, aparece a seguinte mensagem: "Essa conta não existe. Tente buscar outro(a)".
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Na manhã desta sexta-feira, a PF cumpriu o mandado de prisão preventiva, que foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O presidente do PTB foi preso em razão do inquérito da milícia digital, uma continuidade das investigações dos atos antidemocráticos.
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Na decisão, Moraes também determinou cumprimento de busca e apreensão de armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos. O ministro também determinou o bloqueio das contas em redes sociais que, segundo ele, é necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às instituições democráticas e às eleições, em relação ao perfil.
O ministro alegou que Jefferson ataca a democracia, incitava a violência, além de propagar discurso de ódio e pronunciamentos homofóbicos. "Determino o bloqueio das contas em redes sociais (Twitter), necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às instituições democráticas e às eleições", escreveu ele.
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Ele se apresenta como aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a favor da volta do voto impresso. Em um vídeo, ele diz que "caso não ocorra voto impresso, não vai ter eleições no próximo ano". Em 2005, ele foi a político que desencadeou o escândalo do mensalão. Em 2012, no julgamento no Supremo, ele foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Milícia digital
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Por decisão de Moraes, um inquérito foi aberto em julho para investigar uma organização e o funcionamento de uma milícia digital contra a democracia.
Na investigação, a Polícia Federal investiga em virtude da presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político com a finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito. Essa organização se dividiria em núcleos: de produção, de publicação, de financiamento e político.
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