Investigado passou a assumir uma visão religiosa extremista e violenta, com potencial para provocar atos terroristasMarcelo Camargo/Agência Brasil
Polícia Federal prende homem suspeito de planejar ataques terroristas
Na operação foram apreendidos uma espingarda calibre 32 e diversos simulacros de arma
A Polícia Federal informou que prendeu na manhã desta quinta-feira, 2, na cidade de Maringá, no Paraná, um homem, que se apresentava como professor de música na internet, suspeito de planejar ataques terroristas. Os mandados de prisão temporária e busca e apreensão, foram expedidos pela Justiça Federal da Seção Judiciária de Maringá. Foram apreendidos uma espingarda calibre 32 e diversos simulacros de arma.
De acordo com a PF, a Operação, que foi batizada de Trastejo, investiga possíveis atos preparatórios de terrorismo. As investigações apontam para o recrutamento e radicalização por meio virtual de um jovem, que passou a assumir uma visão religiosa extremista e violenta, com potencial para provocar atos definidos em lei como terrorismo.
A PF apurou ainda que o homem vinha mantendo contato direto com radicais islâmicos no exterior e tinha intenção de viajar para outros países, como o Iraque, e incorporar-se a organizações terroristas.
Além disso, o investigado circulou vídeos em grupos na internet em que, encapuzado, exibia armas, munição, rádio comunicador, cédulas de dólares americanos, dentre outros itens, proferindo conteúdo extremista e manifestando desejo de executar mortes de inocentes em uma ação suicida.
O preso possui extenso histórico de registros criminais, incluindo posse de entorpecente, ação penal pela prática do crime de homicídio qualificado e condenação por posse irregular de arma de fogo e outra por tentativa de roubo.
"A investigação constatou que o preso possui treinamento para o manuseio e emprego de armas, além de motivação (radicalismo religioso) e meios (armas e munições), podendo a qualquer momento ou oportunidade fechar o ciclo para a consumação de ato terrorista", afirmou a polícia.
As penas previstas na lei chegam a 30 anos de reclusão.
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