Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 20, a ministra da Saúde argentina Carla Vizzotti e o novo chefe de gabinete, Juan Manzur, anunciaram a flexibilização de diversas medidas sanitárias de combate a covid-19. Entre elas, a abertura de fronteiras terrestres com países vizinhos, inclusive o Brasil, a partir do dia 1º de outubro.
A partir desta terça-feira, 21, argentinos, residentes e estrangeiros que chegarem ao país por razões de trabalho não serão obrigados a cumprir uma quarentena de cinco dias. A condição é que o viajante tenha aplicado o esquema completo de imunização contra a covid-19, pelo menos 14 dias antes de seu desembarque no território.
Em outubro, será autorizado o ingresso sem quarentena para cidadãos de países vizinhos e haverá uma abertura progressiva das fronteiras terrestres. A partir de 1º de novembro, a medida será estendida a todos os estrangeiros, com duas doses de vacinas, de acordo com o programa. Quem não estiver 100% vacinado, poderá entrar, mas terá de ficar em quarentena.
O uso de máscaras ao ar livre também deixará de ser obrigatório na Argentina.
"Levantamos a obrigatoriedade do uso obrigatório de máscara ao ar livre, circulando e sem aglomeração de pessoas", afirmou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, em entrevista coletiva com o novo chefe de gabinete, Juan Manzur.
Vizzotti especificou que o uso da máscara continuará sendo obrigatório em espaços fechados, como transporte público, cinema, teatro, ambiente de trabalho e eventos multitudinários, ou ao ar livre, quando houver aglomeração de pessoas.
Em uma economia muito castigada pela pandemia, que aprofundou a recessão que se arrasta desde 2018, o governo de Alberto Fernández anunciou a ampliação, para 100%, da capacidade de todas as atividades econômicas, industriais, comerciais, de serviços, religiosas, culturais, de lazer e esportivas em locais fechados, mantendo-se as medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscara facial e ventilação do ambiente.
A ministra atribuiu a flexibilização das restrições à queda no número de casos diários, de mais de 26 mil, em maio passado, para cerca de 1,6 mil, em setembro, e ao avanço da campanha de vacinação.
Atualmente, 63,4% dos 45 milhões de argentinos receberam pelo menos uma dose da vacina, e 43,7%, o esquema completo de imunização. Até outubro, o governo pretende chegar a pelo menos 50% da população vacinada com duas doses, declarou a ministra.
Desde o início da pandemia, a Argentina acumula cerca de 5,2 milhões de casos e mais de 114.000 mortes.
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