Após perícia no local, peças são enviadas para hangar, onde aeronave é reconstituídaReprodução/Carlos Eduardo Alvim/TV Globo

Após indecisão para onde seriam levados os motores do avião que caiu com a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas há uma semana, os itens chegaram no destino final nesta sexta-feira. A Aeronáutica confirmou que os dois motores do King Air C90-A serão analisados em um centro apropriado em São José da Lapa, em Minas Gerais. 
Na cidade mineira, que faz parte da Grande Belo Horizonte, os motores foram levados para o Parque Aeronáutico da IAS. Por lá fica localizado o Centro de Serviços Pratt & Whitney, fabricante das peças, e o Centro de Serviços Honeywell, que controla o combustível para esses motores.
Inicialmente, os motores seriam levados para a cidade de Sorocaba, em São Paulo, conforme estava previsto na terça-feira. No aeroporto da cidade também há uma filial da empresa canadense no país. Depois, foi informado que as peças iriam seguir para o Centro de Serviços Aeronáuticos (CSA), em Goiânia, que dispõe de estrutura e disponibilidade necessárias para que os técnicos do SERIPA III realizem a análise dos equipamentos. O transporte dessas peças foi realizado na madrugada desta quarta-feira. 
Entretanto, no caminho para o CSA, a rota foi desviada e seguiu em direção à sede do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília. Nesta sexta-feira, os órgãos oficiais decidiram pelo destino final.
Já os destroços do avião foram levados ao Aeroporto do Galeão, no Rio, na terça-feira. As asas e a cabine da aeronave passarão por uma perícia detalhada, mais uma fase da investigação que apura as causas do acidente.
Os demais destroços foram encaminhados para a sede do Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), no Rio de Janeiro, onde as análises continuam. Esse serviço também será realizado em coordenação com o operador da aeronave.

O objetivo das investigações realizadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgão da Força Aérea Brasileira que engloba sete SERIPAs, é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes.
No Rio, os investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III) vão continuar os trabalhos de Ação Inicial do acidente, para continuação das investigações. Segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), a investigação será dividida em três etapas:
- A primeira etapa será a de coleta de dados, onde todas as informações do acidente serão reunidas.
- A segunda será a de análise de dados, onde serão investigados os sistemas da aeronave e se fatores humanos e operacionais (como a rota da viagem e as condições climáticas) tiveram influência no acidente. Nesse etapa, pilotos, mecânicos, médicos legistas e psicólogos podem ser entrevistados pelo órgão para auxiliar no embasamento de informações.
- Por fim, após a conclusão do relatório final, terá a última etapa da investigação, que será a de apresentação dos resultados.