Marília Mendonça: polícia encontra cabo enrolado em hélice do avião que caiuAFP

Minas Gerais - O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais, vai apontar "politraumatismo contuso" como a causa da morte do avião que caiu com a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas há uma semana. Além da artista, também foram vítimas do acidente aéreo o produtor da cantora, Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior e o copiloto Tarciso Pessoa Viana. 
De acordo com informações do jornal "O Globo", o médico legista Pedro Coelho, responsável pelo caso, o "politraumatismo contuso" significa que aconteceram múltiplas lesões em órgãos vitais, o que indica que as mortes aconteceram instantaneamente após a queda da aeronave. 
Ao IML de Belo Horizonte, exames de maior complexidade foram enviados, como pedidos de análises cardíacas e neurológicas dos condutores do avião. Nesse caso, esse é o procedimento padrão quando há morte por causa violenta. O legista afirmou ser obrigatória também a solicitação de exames toxicológicos, assim como a necessidade de saber se piloto e copiloto passaram ou não mal durante o voo, por exemplo.
Coelho também afirmou não ter encontrado qualquer indício de uma possível descarga elétrica. Nas investigações, uma das hipóteses levantadas é de que uma das hélices do avião tenha atingido um cabo de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Porém, o médico legista destacou que, em casos de choque, normalmente há queimaduras e "não havia esse tipo de lesão". 
O laudo, que será entregue à polícia em cerca de dez dias, será um dos documentos do inquérito para buscar as causas do acidente e ficará disponível para as famílias e para a Justiça.