Estados tem 48h para explicarem falhas na vacinação infantil, determina STFMarcello Casal Jr / Agência Brasil
Segundo o Ministério da Saúde , os dados sobre a aplicação de imunizantes em crianças e adolescentes são “extremamente preocupantes”. "O Ministério da Saúde teve acesso, por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), a dados extremamente preocupantes em relação ao registro de aplicação de imunizantes em crianças e adolescentes, que revelam a possível administração de milhares de doses fora dos padrões estabelecidos pela Anvisa e pelo PNO [Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19]", diz trecho do documento, assinado pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco.
O desacordo, segundo a AGU, envolvem mais de 50 mil crianças e adolescentes que podem ter recebido doses de fabricantes não recomendadas para sua faixa etária. Gestores locais, contudo, apontam possíveis erros humanos no cadastramento de dados.
A Advocacia-Geral da União apresentou dados ao STF que mostram os números. Além disso, o documento cita um “contexto de risco eminente para a saúde de crianças e adolescentes”.
O ministro Lewandovski ainda oficiou, nesta quarta-feira (19), os chefes dos Ministérios Públicos estaduais para que “empreendam as medidas necessárias” de modo a garantir que os pais estão tendo o devido cuidado com a saúde das crianças em relação a vacina.
Após a Anvisa aprovar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid em dezembro de 2021, o governo federal apresentou um plano de vacinação após cobrança do STF. A imunização infantil começou no início desta semana em todo o Brasil.
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