Ciro Gomes (PDT)José Cruz/Agência Brasil
De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, o tema da pré-campanha lançada hoje será "rebeldia da esperança", que, segundo o dirigente, pode dialogar com o perfil do eleitor desejado pelo partido. "A gente quer consolidar o voto dessa juventude rebelde contra o sistema, a ignorância, o negacionismo e todo tipo de discriminação", disse Lupi.
O cientista político Bruno Soller observou que, historicamente, Ciro "conversa com um público, que enxerga a economia de uma forma mais planificada", de perfil etário e renda maior que a média brasileira. Para o especialista, o pedetista, que tem oscilado para baixo dentro da margem de erro em pesquisas de intenção de voto, terá como desafio conquistar o eleitor do PT, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria capturando o voto de quem quer derrotar Jair Bolsonaro nas urnas
Em sua quarta tentativa de chegar ao Planalto, Ciro, que já foi ministro nos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Lula, prefeito de Fortaleza, governador e secretário de Saúde do Ceará, além de deputado federal e estadual, quer se mostrar como opção a "tudo o que está aí". Parte da bancada aposta no crescimento de Ciro nas pesquisas a partir de abril - até agora, o ex-ministro não alcançou os desejados dois dígitos.
Marina
Uma das estratégias do partido também tem sido ventilar o nome da ex-ministra Marina Silva como possível vice. "Isso só depende de os dois quererem e aceitarem", disse Lupi, ao reforçar a boa relação entre Ciro e Marina. O PDT, contudo, terá de entrar em um cabo de guerra com o PT para conquistar a Rede em uma possível federação partidária.
"Vamos ter o lançamento da pré-candidatura justamente para justificar quaisquer rumores que envolvam um isolamento. Estamos todos de forma uníssona", afirmou o deputado André Figueiredo (CE). "A bancada está junta", disse o também deputado Mário Heringer (MG).
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