Intervalo entre a primeira e segunda dose será de 28 diasDivulgação
Butantan afirma que Ministério da Saúde se manifestou pela compra de doses da Coronavac
Instituto respondeu, na manhã desta sexta, 21, uma consulta via ofício do Ministério e disse que possui 7 milhões de doses da Coronavac para pronta entrega
O Instituto Butantan recebeu, na manhã desta sexta-feira, 21, um pedido do Ministério da Saúde para compra de doses da Coronavac. A pasta perguntou via ofício sobre o número de doses que estão disponíveis. De acordo com o instituto há 7 milhões de doses para pronta entrega e essa quantidade pode aumentar conforme o interesse do governo federal de incluir a Coronavac no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Nesta quinta-feira, 20, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu autorizar o uso emergencial da vacina Coronavac para crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos. Inicialmente, o Instituto Butantan, responsável pela produção do imunizante, solicitou a liberação para crianças com mais de 3 anos, mas a agência optou por aguardar o resultado de mais estudos do uso nesta faixa etária.
Apesar de não determinar quando começa a vacinação com esse imunizante, já que a distribuição e cronograma dependem dos Estados e do Ministério da Saúde, a Anvisa esclareceu alguns pontos: A Coronavac está liberada para a faixa etária entre 6 e 17 anos, com exceção dos imunocomprometidos e deverá ser aplicada em duas doses, com um intervalo de 28 dias. Além disso, a vacina a ser usada nesse grupo é a mesma já liberada para adultos.
"No Brasil, até o momento, a análise de causalidade acerca de reações adversas demonstra que a vacina Coronavac não está relacionada a nenhum óbito dentre os públicos para os quais estava disponível até então e os eventos adversos graves são considerados raros ou raríssimos. Já no cenário internacional, nos países em que a Coronavac já vem sendo aplicada para o público de 2 a 17 anos, os dados demonstram que 86% dos eventos adversos registrados nesta faixa etária são do tipo não graves", afirmou a Anvisa.
O Butantan já tinha solicitado o uso do imunizante para os pequenos anteriormente, em julho de 2021, mas o pedido foi negado porque a agência considerou os dados insuficientes naquele momento. O novo pedido, que resultou na autorização, foi protocolado em dezembro e, desde então, uma série de estudos e reuniões foram realizadas para que a autorização fosse concedida. Dessa vez, a decisão foi unânime.
Até o momento, somente a vacina de uso pediátrico da Pfizer estava autorizada para a imunização de crianças. Isso fez com que algumas capitais do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, vivessem um momento de incertezas com a limitação de doses distribuídas pelo governo. Agora, a expectativa é de que a vacinação desse grupo avance ainda mais.
O Butantan começou a fornecer para o Governo de São Paulo 8 milhões de doses da Coronavac e já forneceu 100 milhões de doses ao PNI ao longo de 2021.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.