FiocruzLeonardo Oliveira/FioCruz

Rio - O Brasil voltou a registrar crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI por pacientes internados por conta da Covid-19, apontou a Fiocruz. De acordo com a instituição, 13 estados apresentam aumento das taxas de ocupação e nove estão na zona de alerta crítico com indicador superior a 80%.
Para os pesquisadores do Observatório Covid-19, o comportamento das taxas de ocupação em estados e capitais parece apontar para a interiorização de casos de Covid-19 pela variante Ômicron. Algumas capitais já apresentam mais estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto as taxas dos estados crescem expressivamente.
A Fiocruz destaca que o cenário atual não é o mesmo registrado entre março e junho de 2021, considerada a fase mais crítica da pandemia e ressalta que mesmo com o acréscimo de leitos observados nas últimas semanas, a disponibilidade é bem menor. Entretantro, a instituição reforça que o crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI ovid-19 para adultos no SUS é preocupante, principalmente frente às baixas coberturas vacinais em diversas áreas do país, onde os recursos assistenciais são mais precários.
Os pesquisadores também alertam que uma proporção considerável da população que não recebeu a dose de reforço, e a população não vacinada, são mais suscetíveis a formas mais graves da infecção com a Ômicron e voltam a sublinhar que a elevadíssima transmissibilidade da variante pode incorrer em números expressivos de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves.
Diante desse cenário,os cientistas reforçam como fundamental a necessidade de avançar com a vacinação, incluindo a exigência do passaporte vacinal. Os pesquisadores também sugerem a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos, campanhas para orientar à população e o autoisolamento ao apresentar sintomas, evitando a transmissão.