Em um dos vídeos divulgados nas redes sociais, a menina força a entrada em uma sala de aula e dá vários pontapés em uma mesa, em seguida, ela se retira da classeReprodução internet
Polícia investiga caso de agressão a aluna trans em escola pública
Estudantes atacaram a menina após ela se irritar por ter sido tratada pelo pronome masculino. Confusão aconteceu na quarta-feira, 9, em uma rede estadual de ensino
São Paulo - Estudantes agrediram uma aluna trans em uma escola da rede pública da Grande São Paulo após ela se irritar por ter sido tratada pelo pronome masculino. Nervosa, ela chutou uma cadeira, inicialmente. A confusão aconteceu na quarta-feira, dia 9, na Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco em Mogi das Cruzes. Em um dos vídeos divulgados nas redes sociais, a menina força a entrada em uma sala de aula e dá vários pontapés em uma mesa, em seguida, ela se retira da classe.
Enquanto isso, o corredor da escola fica tomado por um tumulto de gritos e aglomerado de pessoas. Os estudantes se empurram entre si e a briga generalizada começa. Quando a aluna trans cruza a porta da sala, é golpeada diversas vezes por um menino. Neste momento, as imagens mostram que funcionários da instituição tentam criar um cordão humano para impedir a passagem dos jovens pelo saguão.
A menina, visivelmente debilitada, é amparada por alguns servidores do colégio. Nesta semana, outro vídeo compartilhado na internet, revelou que essa não é a única briga registrada na escola nos últimos dias.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que "o caso foi registrado como lesão corporal, nesta quinta-feira (10), pelo 2º DP de Mogi das Cruzes. Duas representantes da instituição de ensino prestaram depoimento e a autoridade policial realizará a oitiva de todas as partes envolvidas. As diligências estão em andamento para esclarecer os fatos. Outros detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial."
A reportagem também entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. A pasta comunicou que iria encaminhar um posicionamento oficial, mas a nota não havia sido enviada até a publicação desta matéria. O espaço está aberto para manifestação da secretaria.
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