O presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou a insatisfação com a decisão do WhatsAppp de adotar as novas medidas somente após as eleições de outubro deste ano. O adiamento da atualização faz parte de um acordo da empresa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta sexta-feira, 15, o chefe do Executivo disse que o acordo para combate à desinformação durante as eleições não "será cumprido".
"E já adianto que isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora abrir uma excepcionalidade no Brasil isso é inadmissível e inaceitável. Não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil com informações que eu tenho até esse momento", disse Bolsonaro durante motociata em São Paulo, em vídeo exibido pela Jovem Pan.
Bolsonaro discursou para uma multidão de apoiadores e falou sobre o assunto do acordo entre WhatsApp e TSE. O presidente chamou a ação de "censura". "O WhatsApp passa a ter uma nova política para o mundo, mas uma especial para o Brasil. Censura, discriminação, isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês, nem por lei, quem dirá por um acordo", afirmou ele.
A gestão da plataforma decidiu lançar o recurso após o pleito por receio de sofrer críticas ligadas ao uso do aplicativo para a disseminação de fake news, além do acordo firmado com o TSE. A Justiça Eleitoral tem demonstrado preocupação com o uso das redes sociais para comprometer o andamento da votação deste ano, como o que aconteceu em 2018, segundo pesquisas.
Novidades Nos grupos, administradores poderão apagar mensagens e membros poderão usar reações sobre mensagens. Também será possível possível compartilhar arquivos com até 2 GB e criar salas de conversa em áudio com até 32 pessoas.
O Whatsapp informou que, apesar da criação do recurso a comunidades serão “naturalmente privadas”. Por essa razão, a criptografia ponta-a-ponta seguirá sendo assegurada no aplicativo.
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