Moradores de Guarapuava mostram cenas de terror durante invasão de grupo de criminosos na cidadeReprodução/Twitter

Guarapuava - Agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram enviados para Guarapuava, no Paraná, após criminosos invadirem o município para assaltar uma transportadora de valores. A informação foi divulgada, nesta segunda-feira (18), pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, que também afirmou que o governo federal vai fornecer "todo o apoio necessário" a cidade.  
Na madrugada de hoje, uma quadrilha com cerca de 30 integrantes fortemente armados invadiu o município no interior do Paraná, fez reféns e trocou tiros com a Polícia Militar, durante ataque a uma empresa de valores. Três pessoas, entre elas dois policiais militares, ficaram feridas. Os criminosos incendiaram veículos para bloquear acessos e atacaram o Batalhão da PM. Os reféns foram obrigados a formar um cordão humano em frente à empresa de valores.

A ação começou por volta de 23 horas e terminou no início da madrugada. A cidade, de 183 mil habitantes, foi acordada por tiros e rajadas de fuzil. Nas redes sociais, moradores relatam uma "noite de terror" com barulho de tiros, incêndio em veículos e reféns. O movimento de quadrilhas especializadas em megarroubos em cidades do interior tem sido chamado de "novo cangaço".

Os criminosos invadiram a região central em ao menos sete carros blindados e se dividiram. Enquanto um grupo atacava a Proforte, empresa de transporte de valores, outro atirava contra o batalhão. Dois veículos foram incendiados em frente à unidade para dificultar a saída dos policiais. Outros dois veículos foram queimados na Rodovia BR-277, que dá acesso à cidade, segundo o Corpo de Bombeiros.

Moradores que estavam nas ruas foram tomados como reféns. Um grupo deles foi obrigado a formar um cordão humano para coibir a ação da polícia. Além dos dois policiais feridos, um morador foi atingido por um tiro no braço. Ele foi atendido em uma unidade de saúde municipal. Moradores relataram que os bandidos atiraram contra postes e transformadores de energia para deixar a cidade às escuras.

Conforme o comandante do 16º Batalhão, coronel Joas Marcos Carneiro Lins, a ação durou cerca de três horas e o alvo era a empresa Proforte, que não chegou a ser roubada. Segundo ele, os criminosos fugiram sem conseguir executar o assalto que tinham planejado. "Já tínhamos um plano de contingência, devido aos fatos que estavam ocorrendo em várias regiões do Estado. Assim que o ataque foi iniciado, conseguimos bloquear os acessos para as rodovias e eles fugiram para a área rural, onde ainda estão sendo procurados", disse.
 
*Com informações do Estadão Conteúdo