Brasília- O presidente Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais para comentar o caso do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso na segunda-feira, 11, em flagrante, por estuprar uma grávida durante um parto cesariana. O caso aconteceu no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, em São João Meriti.
O presidente lamentou que o homem não possa ser condenado a prisão perpétua e criticou as leis do país. "É extremamente lamentável que a nossa Constituição não permita sequer que o maldito estuprador que abusou de uma paciente grávida anestesiada no RJ apodreça para sempre na cadeia, sem nenhum tipo de privilégio. Direitos humanos é para a vítima, esse vagabundo que se exploda!", finalizou.
A prisão do anestesista ocorreu após enfermeiras e técnicas de enfermagem da unidade gravarem um vídeo do médico colocando o pênis na boca da paciente, que estava anestesiada durante a realização do parto. No registro, a vítima estava deitada na maca, inconsciente, onde do lado esquerdo do lençol, a equipe médica iniciava a cirurgia, enquanto do outro lado Giovanni abusava da gestante.
Ao terminar o ato de violência o anestesista pegou um lençol e limpou a boca da vítima. A ação durou cerca de 10 minutos. O vídeo serviu como prova e foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A delegada da distrital, Bárbara Lomba, relata que pelas imagens do vídeo foi possível ver nitidamente o estupro cometido pelo médico.
"Nós fomos acionados por conta de um vídeo registrado dentro do hospital que se documentava e via nitidamente um estupro cometido por um funcionário da unidade contra uma paciente, mas nós não tínhamos a ideia ainda de quão violento foi essa ação, quando vimos o vídeo que tivemos a ideia real da violência, porque o crime era cometido por um médico contra uma paciente que estava anestesiada e sedada dento do centro cirúrgico", comentou.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu um procedimento cautelar para suspensão imediata do médico e alega que, a decisão ocorreu devido à gravidade do caso. Em nota, a direção da entidade informou que também foi instaurado processo ético-profissional que poderá resultar na cassação do médico.
Após a repercussão do caso, outra vítima compareceu à 64ª DP (São João de Meriti) para denunciar a conduta do profissional durante uma cesárea realizada no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João Meriti, na Baixada Fluminense, na semana passada.
A mulher, junto com o marido e a mãe, reconheceram o criminoso depois da repercussão da prisão em flagrante nos jornais.
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