Indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados, no Vale do Javari, na AmazôniaReprodução
Segundo a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, Pereira foi para prisão domiciliar em Manaus e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Por causa das dificuldades de acesso à internet no interior do estado, ele foi solto sob a condição de permanecer na capital amazonense.
Com o passaporte retido pela Polícia Federal, Colômbia não pode deixar o país. Na quinta-feira, 6, a Justiça Federal no Amazonas havia concedido liberdade provisória ao suspeito. O Ministério Público Federal recorreu da decisão, mas na terça-feira, 18, o juiz federal Fabiano Verli manteve a soltura, argumentando que o suposto mandante tem o direito de responder aos processos em liberdade.
Colômbia foi preso no início de julho, acusado de apresentar identidade falsa ao prestar depoimento na delegacia de Tabatinga (AM) sobre o homicídio de Bruno e de Dom Phillips. Na ocasião, o suspeito apresentou uma identidade colombiana com outro sobrenome, além do documento brasileiro. A Polícia Federal investiga a suspeita de que ele teria um terceiro documento, peruano.
Apontado como mandante do crime, Colômbia negou, no depoimento, qualquer envolvimento na morte do indigenista e do jornalista, que fazia reportagens para o jornal The Guardian. A Polícia Federal, no entanto, manteve a linha de investigação.
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