A ousada ação criminosa ganhou projeção no país e na imprensa estrangeira, pois a quadrilha usou artefatos explosivos e explorou reféns como escudo humano amarrados nos veículos durante o assalto. Na manhã desta segunda, 40 agentes participaram da operação.
Além de Araçatuba, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Sorocaba, três na em Limeira, dois em Campinas, um em Osasco, um no Guarujá, e um em Goiânia, capital de Goiás. De acordo com informações da PF, os investigados que são alvo do cumprimento dos mandados judiciais exercem variadas funções dentro da organização criminosa.
Pouco mais de um ano após a ocorrência do roubo em Araçatuba, a PF já cumpriu 53 mandados de prisão e 105 mandados de busca e apreensão como resultado de centenas de análises realizadas pela unidade de inteligência policial, realização de exames periciais, execução de diligências de campo e confrontação de todos os elementos e indícios colhidos.
Na data desta quarta, na 11ª fase da operação, os investigados foram identificados e presos após representação da PF pela expedição dos mandados judiciais perante a Justiça Federal em Araçatuba e a Justiça Estadual de Limeira.
Ação violenta
Na madrugada do dia 30 de agosto de 2021, homens fortemente armados invadiram e atacaram pelo menos três agências bancárias do centro de Araçatuba, a 521 km de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, pelo menos três pessoas morreram durante a ação. Um homem teve a perna amputada após passar de bicicleta próximo a um artefato explosivo.
A polícia informou que os criminosos deixaram explosivos em pelo menos 14 pontos da cidade, incluindo em um caminhão deixado em frente a uma das agências atacadas. Estima-se que a quadrilha tenha pelo menos 15 integrantes. Eles teriam utilizado drones para monitorar a ação e se esquivar dos policiais, tanto na chegada à cidade quanto na fuga para a zona rural.
Pelo menos duas agências bancárias tiveram seus caixas danificados por ação de explosivos, e outras tiveram disparos de arma de fogo. Durante a fuga, veículos utilizados no assalto foram deixados para trás com munição e armas de grosso calibre, como fuzis e "miguelitos", artefatos de metal utilizados para furar pneus.
Ainda segundo a Polícia, os criminosos incendiaram veículos em locais estratégicos para dificultar o acesso à cidade. A quadrilha ateou fogo em carros deixados nas pontes do Rio Tietê em Buritama e Santo Antônio do Aracanguá, no trevo de Guararapes, na praça de pedágio em Glicério e no centro de Araçatuba.
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