'A ABEAR recomenda fortemente aos passageiros que busquem se deslocar com antecedência e se atentem para a situação das vias de acesso aos aeroportos', diz comunicadoDivulgação/BSB

Rio - A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) alertou as autoridades, nesta terça-feira, 1º, para o impacto gerado no setor aéreo devido ao bloqueio de estradas e rodovias em todo o país. Segundo estimativa das empresas do ramo, caso o cenário atual se mantenha, os aeroportos poderão sofrer com desabastecimento de combustível no feriado desta quarta-feira, 2.
As interdições são causadas por caminhoneiros bolsonaristas que se recusam a aceitar o resultado das urnas, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente do Brasil. Segundo a associação, o transporte aéreo também pode ser impactado pela dificuldade de chegada de profissionais, tripulantes e passageiros aos aeroportos.
As manifestações podem também prejudicar atividades aéreas essenciais como o transporte gratuito de órgãos para transplantes e o envio de cargas.
"A Abear recomenda fortemente aos passageiros que busquem se deslocar com antecedência e se atentem para a situação das vias de acesso aos aeroportos", diz o comunicado. A entidade informou ainda que "se coloca à disposição das autoridades para auxiliar nas medidas necessárias para minimizar eventuais transtornos".
No Rio, de acordo com boletim da CCR Rio-SP, divulgado às 12h, os protestos interditam total ou parcialmente rodovias em municípios como Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Barra Mansa, Resende, Itatiaia, Paraty, Angra dos Reis, Petrópolis, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, entre outros.
Em São Paulo, pelo menos 25 voos foram cancelados até a manhã desta terça-feira, por causa da presença de um grupo de manifestantes em um trecho da Rodovia Hélio Smidt, que dá acesso a região do Aeroporto Internacional de Guarulhos. 
Na noite de segunda-feira, 31, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a desobstrução imediata de rodovias e vias públicas que estejam ocupadas irregularmente. No parecer, Moraes estipulou multa de R$ 100 mil por hora para donos de caminhões que estejam sendo utilizados para bloquear as vias.