Bolsonaro tem voltado aos poucos a aparecer em agendas públicos ao participar de cerimônias militares de final de ano Reprodução/Palácio do Planalto/TV Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou na manhã deste sábado, 10, de uma cerimônia de formatura de militares na Escola Naval, na região central do Rio de Janeiro. Embora estivesse previsto um pronunciamento do presidente durante o evento, Bolsonaro não discursou nem falou com os jornalistas no local.
Ele estava acompanhado de ministros militares de seu governo: o da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno. Além destes, também estava presente o comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, que assinou no início de novembro a nota conjunta onde as Forças Armadas condenaram 'excessos em manifestações' após o resultado das eleições.
Nesta sexta-feira, 9, Bolsonaro falou pela primeira vez a apoiadores depois do segundo turno. Em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, o atual presidente fez um discurso ambíguo no qual disse que "nada está perdido" e que os manifestantes "são responsáveis por decidir para onde vão as Forças Armadas", além de fazer provocações ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro da Defesa anunciado nesta sexta por Lula, José Múcio Monteiro, disse em entrevista mais tarde que é preciso "despolitizar" e "despartidarizar" as Forças Armadas e afirmou ter o sonho de fazer a "pacificação" da caserna.
Bolsonaro tem voltado aos poucos a aparecer em eventos públicos ao participar de cerimônias militares de final de ano. Ele continua, no entanto, fazendo poucos pronunciamentos. Na capital federal, o atual mandatário e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, choraram ao receber cumprimentos de militares na última segunda-feira, 5, em uma cerimônia para oficiais promovidos.
No evento deste sábado no Rio, 182 aspirantes foram declarados Guardas-Marinha, que receberam suas espadas, símbolo do Oficial de Marinha. A Escola Naval tem como propósito formar oficiais para postos iniciais da carreira, informou a assessoria da corporação.
Segundo a agenda do presidente da República, Bolsonaro embarcaria de volta a Brasília logo depois da cerimônia.