Bolsonaro se manifestou no início da tarde dizendo que o religioso era um "servidor dedicado da verdade" e que "deixou um legado imenso" para a Igreja Católica. "Recebi, com grande pesar, a notícia do falecimento do Papa (emérito) Bento XVI. Embora seu pontificado tenha sido curto, deixa um legado imenso para a Igreja católica, para todos os cristãos e para a humanidade. Orientou sua missão pelo lema: 'Cooperadores da Verdade'. Foi um servidor dedicado da Verdade", escreveu o chefe do Executivo.
O mandatário ainda afirmou que Joseph Aloisius Ratzinger foi um defensor do Evangelho ao criticar a "teologia da libertação", que é uma corrente ideológica que propõe uma abordagem mais social por parte da Igreja Católica. "Em defesa da verdade do Evangelho, criticou sem medo os erros da chamada 'teologia da libertação', que pretende confundir o Cristianismo com conceitos equivocados do marxismo. O Papa Bento, ao contrário, fundamentou todos os seus escritos e ensinamentos na Verdade que liberta. Que seu exemplo e sua obra magistral de grande teólogo e Pastor possam educar e iluminar a todos nós", concluiu.
Já Lula, publicou algumas fotos com Joseph Aloisius Ratzinger e recordou a visita do pontífice ao Brasil em 2007 e desejou conforto aos fiéis e admiradores. "Recebi com tristeza a notícia da morte do papa emérito Bento XVI. Tivemos a oportunidade de conversar na sua vinda ao Brasil em 2007 e no Vaticano, sobre seu compromisso com a fé e ensinamentos cristãos. Desejo conforto aos fiéis e admiradores do Santo Padre", escreveu o petista.
O encontro citado pelo presidente eleito aconteceu quando o papa esteve em São Paulo, para participar da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe. O ponto alto da vinda de Bento XVI ao país foi a canonização de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o primeiro santo brasileiro, no dia 11 de maio daquele ano.
O Governo Federal, em nome da Presidência da República, também prestou condolências em comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação. "Homem de muita fé e grande devoto do Santo Rosário de Maria, Bento XVI sempre viveu, e convidou o povo católico a viver, essa devoção de oração nos momentos de dificuldade, como os que o mundo tem vivido nos últimos tempos".
O papa emérito morreu durante esta manhã e, segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, deixou como último pedido que o funeral fosse "o mais simples possível; solene, mas sóbrio "Não é um momento para muitas palavras, mas sim de dor".
O velório do papa emérito Bento XVI será realizado a partir desta segunda-feira, 2, no Vaticano. O papa Francisco presidirá os ritos de despedida do funeral, a partir das 9h, em horário local, na quinta-feira, 5. "O corpo do papa emérito estará na Basílica de São Pedro, para a despedida dos fiéis", informou a Santa Sé.
O porta-voz afirmou que o religioso recebeu a extrema unção na quarta-feira, 28, após seu estado de saúde se agravar. No momento do falecimento, estava acompanhado do seu secretário, o monsenhor George Ganswein, e das quatro leigas do instituto Memores Domini, que o acompanhavam desde a renúncia em 2013.
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