Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a jornalistas na manhã desta quinta-feira, 12, que não vai fazer perseguição sistemática "contra ninguém", nem contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Não quero fazer disso o meu mandato. Meu mandato é outro, não é ficar brigando com o Bolsonaro. É brigar contra a fome", afirmou o petista. "Não quero passar a ideia de perseguição", completou.
Ainda assim, Lula disse não querer um "palácio de petistas" e afirmou que faz uma "triagem profunda" na equipe do Palácio do Planalto para que não fique nenhum "bolsonarista raiz". "Queremos virar um gabinete civil", declarou o presidente, com críticas à presença de militares na sede do Executivo, que devem ser trocados por servidores de carreira. "Eu também não quero fazer processo de perseguição porque um dia (alguém) foi lavajatista", ponderou.
A preocupação do presidente é com a sua segurança. Ele relatou que o motorista do ex-ministro do GSI General Heleno disse que gostaria de matá-lo. "Aqui em Brasília houve muita suspeita do comportamento dos comandantes da Polícia Militar", disse o presidente, ao citar os atos golpistas do último domingo, 8.
"Se o cara votou no Bolsonaro, é direito dele. Se é funcionário de carreira e presta serviço com retidão, porque não pode ficar? Quero fazer um palácio de pessoas sérias que trabalhem, e que cumpram com suas funções. É assim que vai funcionar", afirmou Lula, sobre a "triagem" de funcionários da sede do Executivo.