O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante café da manhã com jornalistas setoristas, no Palácio do Planalto.Marcelo Camargo/Agência Brasil
Lula diz que bolsonaristas tiveram ajuda interna para invadir o Planalto
Presidente anunciou uma 'triagem profunda' da equipe que trabalha no prédio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse (PT) disse nesta quinta-feira, 12, que está "convencido" de que os bolsonaristas que vandalizaram a sede presidencial no último domingo, 8, em Brasília, tiveram ajuda interna, e anunciou uma "triagem profunda" do pessoal do Palácio do Planalto.
"Eu estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para que gente entrasse porque não tem porta quebrada", disse Lula em seu primeiro café da manhã com jornalistas na capital federal. "Significa que alguém facilitou a entrada deles aqui", acrescentou.
No domingo, milhares de simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes, abalando a capital federal exatamente no dia em que Lula completava uma semana do início de seu terceiro mandato.
Durante a violenta mobilização, os manifestantes saquearam gabinetes e destruíram obras de arte de valores inestimáveis no ataque aos edifícios que abrigam a Presidência da República, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
"Nós vamos com muita calma investigar e ver o que aconteceu de verdade", comentou Lula, que também anunciou uma revisão profunda da equipe que trabalha no Palácio do Planalto.
"A verdade é que o Palácio estava repleto de bolsonaristas, de militares, e nós queremos ver se a gente consegue corrigir para que a gente possa colocar funcionários de carreira, de preferência funcionários civis, ou que estavam aqui ou que foram afastados, para que isso aqui se transforme em um gabinete civil", disse.
As autoridades investigam quem organizou e como foram financiados os manifestantes. Além disso, mais de 1.500 pessoas foram detidas depois dos atos de vandalismo que remetem à invasão do Capitólio nos Estados Unidos, no dia 6 de janeiro de 2021, por simpatizantes do então ex-presidente Donald Trump.