Ataques começaram na segunda-feira (13)Sumaia Villela/Agência Brasil
"Pelas reivindicações, eles querem televisão, querem sistema de iluminação, visita íntima, coisa que o sistema prisional não está atendendo porque está cumprindo a lei de execução penal", afirmou.
Conforme a última atualização do governo do estado, ao menos 24 cidades no estado já foram alvos da ação de criminosos. Até o momento, duas pessoas ficaram feridas e outras duas morreram em confronto com policiais.
Na terça (14), durante o início dos atentados, a Secretaria de Segurança Pública havia afirmado que as ações eram em retaliação por ações policiais com apreensão de armas e drogas. No entanto, mais tarde, eles disseram que ordens teriam partido de dentro da maior unidade prisional do estado, a Penitenciária de Alcaçuz, na Grande Natal, e os ataques estariam sendo organizados por uma facção criminosa.
Um dos detentos apontados como líder da facção foi transferido da penitenciária de Alcaçuz, nesta terça-feira (14), para um presídio federal. Segundo o governo do estado, outros presos devem ser transferidos ao longo desta quarta (15). Um outro homem suspeito de organizar as ações criminosas foi morto em confronto com a polícia na Paraíba.
"Nós temos investigações, tanto da Polícia Civil, como da Polícia Federal e Ministério Público, de possíveis pessoas que estavam presas com esse líder da organização criminosa que foi transferido ontem à noite, de ter ordenado esses ataques. Ele estava preso em Alcaçuz, recebeu visitas e, pelas investigações, tem indícios de ele ter dado ordem para fazer esse tipo de ação", declarou o secretário.
Presídio de Alcaçuz
As mudanças ocorreram após uma guerra entre facções rivais, que vitimou 27 presos, em um motim.
A Seap afirmou que as medidas tomadas em 2017 seguem normativas nacionais. As celas, atualmente, são iluminadas por refletores que ficam nos corredores do presídio. Esta ação ocorre para evitar que detentos usem a fiação elétrica para carregar possíveis aparelhos celulares que entram nas unidades.