"Os mandados são um complemento da 23ª fase da Operação Lesa Pátria e foram cumpridos apenas nessa data por conveniência investigativa", afirma a PF.
A investigação apura crimes de "abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.
No dia em que se completou um ano dos golpistas, a Polícia Federal foi às ruas para vasculhar endereços de suspeitos de financiar a invasão. Os agentes cumpriram 46 mandados de busca e apreensão e uma ordem de prisão preventiva.
As diligências foram realizadas nos estados do Mato Grosso (10), no Rio Grande do Sul (13), Distrito Federal (5), Maranhão (4), na Bahia (2), em Goiás (2), Minas Gerais (2), no Paraná (1), em Rondônia (1), Santa Catarina (2), São Paulo (1) e no Tocantins (3).
As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que ainda determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados no valor de até R$ 40 milhões — montante estimado do dano causado ao patrimônio público.
Na ação, Wagner Ferreira Filho, que teria pagado R$ 24 mil para fretar um ônibus com bolsonaristas, foi preso preventivamente. O nome do empresário consta nos registros da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) como contratante do transporte.
Além disso, as digitais de Wagner foram identificadas em uma esquadria de vidro do Salão Negro do Congresso Nacional. Essa prova indica uma participação ativa do empresário na invasão.
Wagner também foi alvo de pedido de indiciamento da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, apresentado com base nos registros de financiamento do ônibus.
Ele foi detido e levado à superintendência da PF em Salvador. Os nomes dos alvos de busca e apreensão não foram divulgados.
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