Prefeito reeleito de Campinas, Dário SaadiDivulgação
Apesar de livrar o efeito da cassação, o TRE-SP reconheceu uma conduta vedada pela legislação eleitoral e manteve a multa a Saadi e a seu vice, Wandão Almeida (PSB). O titular pagará R$ 15 mil e o vice, R$ 5,3 mil.
Segundo a relatora, a juíza Maria Cláudia Bedotti, as condutas praticadas por Saadi não foram graves o suficiente para justificar uma cassação. "Nesse contexto, a despeito da comprovação dos fatos que embasam a presente representação, eu entendo que o conjunto da obra não ostenta gravidade suficiente para caracterizar o uso abusivo do poder político em prejuízo da disputa eleitoral", argumentou a juíza.
De acordo com a sentença de primeira instância do juiz Paulo Cesar Batista dos Santos, entre os dias 16 e 25 de agosto, Saadi teria "sistematicamente se valido de sua posição de autoridade para utilizar recursos e bens públicos como instrumentos de promoção pessoal e eleitoral".
O magistrado considerou que Saadi se valeu do cargo que ocupa para gravar programas eleitorais em áreas restritas de equipamentos públicos do município.
Coube recurso da decisão e Saadi concorreu à reeleição com a sentença em efeito suspensivo. O mandatário reelegeu-se em primeiro turno, com 66,7% dos votos válidos. Seu principal adversário, Pedro Tourinho, do PT, obteve 23,1% dos votos válidos.
Em vídeo publicado em seus perfis oficiais, o prefeito celebrou a decisão do TRE-SP. "A população de Campinas entendeu e não caiu em conversa fiada do PT e de outros da oposição", afirmou Saadi, que é aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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