Relógio do século XVII foi trazido ao Brasil por D. João VIYoutube/Lula

Brasília - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reapresentou na manhã desta quarta-feira (8), o relógio do século XVII trazido ao Brasil por dom João VI e uma ânfora (espécie de vaso) esmaltada que haviam sido danificados nos ataques golpistas de 8 de Janeiro de 2023 feitos por extremistas de direita às sedes dos Poderes. Lula não discursou, mas posou para fotos perto dos objetos.

O relógio se tornou o item mais famoso danificado nos ataques. Foi enviado para a Suíça para ser restaurado. No caso da ânfora, a restauração foi responsabilidade da Universidade Federal de Pelotas. Na conta oficial do presidente do X, antigo Twitter, também foi postado um vídeo sobre a restauração.

A primeira-dama Janja Lula da Silva fez o primeiro discurso do dia. "O Palácio do Planalto, onde estamos hoje, foi vítima do ódio que estimula e continua estimulando atos antidemocráticos", declarou ela.

Janja disse que, poucos dias antes de 8 de Janeiro de 2023, "vibrávamos porque a esperança tinha vencido o ódio" - uma referência à eleição de Lula contra Jair Bolsonaro em 2022. Depois, de acordo com Janja, houve uma tentativa de "sufocar a esperança". A primeira dama continuou: "Estamos aqui não para lamentar, mas muito menos para esquecer".

A reapresentação das obras é o primeiro ato de Lula neste 8 de Janeiro, dois anos depois dos ataques.

Ele ainda reapresentará a tela As Mulatas, de Di Cavalcanti. Também fará um evento com discursos político no principal salão do Palácio do Planalto e depois fará um "abraço simbólico" à Praça dos Três Poderes.
8 de janeiro de 2023
No dia 8 de janeiro de 2023, houve uma tentativa de golpe em Brasília, no Distrito Federal. Os atos golpistas foram organizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu a eleição de 2022 para Lula. Os manifestantes alegavam que a eleição havia sido fraudada e que Lula era um presidente ilegítimo.

Os protestos tiveram início pacífico, mas logo se tornaram violentos. Os manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, destruindo patrimônio público e agredindo policiais. O governo federal condenou os atos de violência e afirmou que iria punir os responsáveis, dando início a uma investigação da Polícia Federal e posterior julgamento do STF.
Com informações do Estadão Conteúdo.