O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), falou neste sábado (25) sobre os problemas causados pela chuva na capital paulista. A enxurrada gerou transtornos, incluindo alagamentos, carros empilhados e até mesmo a morte de um artista plástico e um motociclista. O volume de água registrado foi o terceiro maior na capital paulista em 64 anos e também chegou a invadir estações do metrô na Zona Norte cidade.
Sobre a estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul do Metrô, que permanece fechada desde sexta-feira (24), o gestor municipal afirmou que não havia o que fazer para deter a força da água.
"Num volume de água igual aquele, não adianta, você vai ter problema. É humanamente impossível conter, com a quantidade de água e aquele volume, no mesmo local em um espaço curto de tempo", disse.
"(...) Podia fazer o que fosse, não teria condições de evitar os danos. Infelizmente são situações do clima que tem acontecido e a gente tem que estar preparado. Agora é fazer ações, pegar o mapa de drenagem e fazer bombeamento como a gente tem o sistema no túnel do Anhangabaú. Mas sinceramente falando, com aquele volume de água, não teria nenhum mecanismo que pudesse evitar aquele tipo de transtorno", avaliou.
Nunes atribuiu os transtornos à grande quantidade de chuva que caiu em um curto espaço de tempo, o que é característico das mudanças climáticas.
"Foi um volume de chuvas enorme. Choveu ontem (sexta) o equivalente a metade do que estava previsto para chover o mês inteiro", ressaltou.
Disse ainda que a cidade tem investido em obras de drenagem e que esses investimentos têm surtido efeito. "A gente tem oito piscinões em andamento. Estamos licitando mais um piscinão do Rio Verde, em Itaquera", disse.
Segundo Nunes, a cidade tinha 2.400 funcionários de plantão para ajudar na recuperação da cidade após o temporal, com mais de 350 carros à disposição para atender à população.
Chuva histórica
A cidade de São Paulo registrou nesta sexta-feira (24) o terceiro maior volume de chuva desde o início das medições do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1961 - foram 125,4 mm acumulados.
A violência do temporal causou uma série de transtornos na cidade. Ruas e avenidas ficaram alagadas. As enxurradas arrastaram carros, e as estações de metrô ficaram tomadas pelas águas que escorreram com força pelas escadas.
O teto do shopping Center Norte, no bairro Vila Guilherme, na região norte da cidade, desabou no meio do corredor, entre os lojistas e clientes do estabelecimento. Não há registro de vítimas. O Corpo de Bombeiros recebeu chamado para o desabamento de uma casa em Santana (Zona Norte), e também não registou feridos.
Mesmo depois das chuvas, as pessoas encontravam dificuldades para voltar para a casa. Além da lentidão do trânsito nas ruas e avenidas.
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