Brasília - A projeção de instituições financeiras para a inflação subiu pela sétima semana seguida e superou o limite superior da meta de 6,5%. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,47% para 6,51%, este ano, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Para 2015, a projeção foi mantida em 6,01%.
A projeção das instituições financeiras para a Selic foi mantida em 11,25% ao ano, ao final de 2014, e em 12% ao ano, no fim de 2015.
A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação verificada pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 7,28% para 7,35%, em 2014, e segue em 5,50%, em 2015. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi mantida em 7,20%, este ano, e em 5,50%, em 2015.
A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) segue em 6,19%, este ano, e em 5%, em 2015.
Crescimento
Ainda de acordo com o boletim Focus, a previsão de crescimento caiu levemente. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), passou de 1,65% para 1,63%. Há quatro semanas, a estimativa para 2014 era 1,7%. Há oito semanas, a estimativa para 2015 segue em 2%.
A estimativa para a expansão da produção industrial subiu de 0,7% para 1,4%, este ano, e segue em 2,95%, em 2015.
A previsão para o superávit comercial (saldo de exportações menos importações) foi revisada de US$ 3 bilhões para US$ 3,02 bilhões, em 2014, e continua em US$ 10 bilhões, no próximo ano.
A estimativa para o déficit em transações correntes (registros de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi revisada de US$ 77 bilhões para US$ 77,05 bilhões, este ano, e mantida em US$ 75,6 bilhões, para 2015.
A projeção para a cotação do dólar permanece em R$ 2,45, em 2014, e passou de R$ 2,53 para R$ 2,51, no próximo ano. A expectativa das instituições financeiras para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permanece em US$ 60 bilhões neste ano, e em US$ 55 bilhões, em 2015.
A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 34,8% neste ano, e em 35%, em 2015.