Por marta.valim

A produção industrial brasileira fechou o mês de março deste ano com queda de 0,5% em relação a fevereiro. Quando comparado a março do ano, na série sem ajuste sazonal, o resultado também é negativo: menos 0,9%. Com o resultado de março, a indústria fecha os três primeiros meses do ano com crescimento de 0,4%.

Em março, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 2,1%, repetindo a marca registrada em fevereiro último, mas ficando ligeiramente abaixo da taxa de dezembro de 2013 (2,3%).

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal/Produção Física Brasil (PIM/PF Brasil) e foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Estes são os primeiros resultados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física nacional após sua reformulação metodológica. As informações divulgadas são retroativas a janeiro de 2012. 

A reformulação envolve 944 produtos fabricados em, aproximadamente, 7.800 unidades, o que significa um aumento em relação à antiga amostra da PIM-PF, composta por cerca de 830 produtos e 3.700 unidades locais.

A pesquisa indica que em fevereiro, também na série dessazonalizada, a produção industrial havia ficado estável em relação ao mês imediatamente anterior, depois de avançar 2,2% em janeiro.

Na série sem ajuste sazonal, quando comparado a fevereiro de 2013, a indústria havia crescido 4,4% em fevereiro deste ano e recuado 1,8% em janeiro, frente a janeiro do ano passado.

O recuo de 0,5% da atividade industrial na passagem de fevereiro para março reflete o predomínio de resultados negativos em 14 dos 24 ramos pesquisados e atingiu duas das quatro grandes categorias econômicas.

Entre as atividades, as principais influências negativas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias ( queda de 2,9%) e máquinas e equipamentos (queda de 5,3%), com a primeira atividade eliminando parte do avanço de 12,4% acumulado em janeiro e fevereiro; e a segunda acumulando perda de 6,1% em dois meses seguidos de queda na produção.

Por outro lado, entre os dez ramos que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,4%), após ficarem estáveis no mês anterior (0,0%), e indústrias extrativas (2,4%), que eliminaram a perda de 1,2% verificada em fevereiro.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, as quedas mais acentuadas ocorreram em bens de capital (3,6%) e bens de consumo duráveis (-2,5%) - ambas interrompendo dois meses seguidos de resultados positivos, período em que acumularam expansão de 22,4% e 7,1%, respectivamente.

O segmento de bens de consumo semi e não duráveis repetiu o patamar do mês anterior, após apontar variação negativa de 0,4% em fevereiro. O setor de bens intermediários (0,1%) registrou a única taxa positiva, mas com ritmo menor do que o verificado em janeiro (0,2%) e fevereiro (0,4%).


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