Por marta.valim

O Banco Central reduziu a projeção de crescimento da economia para este ano. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos, deve apresentar expansão de 1,6%, ante a previsão anterior de 2%.

Já a projeção da  inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,1% na previsão anterior para 6,4%, com a taxa básica de juros mantida em 11% ao ano.  Para 2015, o BC também elevou sua projeção, de 5,5% para 5,7%. Em 12 meses acumulados no final do segundo trimestre de 2016, a projeção é 5,1%.

O BC também divulgou os dados do cenário de mercado, que faz estimativas para a taxa de câmbio e a Selic. No cenário de mercado, a previsão para a inflação neste ano também é 6,4%, 0,2 ponto percentual acima da estimativa de março. Em 2015, a projeção é 6% e em 12 meses acumulados no final do segundo trimestre de 2016, 5%.

De acordo com o BC, aumentou a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior da meta. No cenário de referência, em 2014, ficou em torno de 46% e, em 2015, 30%. Em março, essa probabilidade era 38%, em 2014 e 27%, em 2015.

No cenário de mercado, essa probabilidade ficou em cerca de 48%, este ano, e em 38%, em 2015. Em março, essa probabilidade era menor: 40%, este ano, e 29%, em 2015.

Crescimento

A produção agropecuária deverá crescer 2,8%, ante a estimativa anterior de 3,5%. Segundo o BC, essa revisão é resultado dos efeitos da estiagem registrada no início do ano. A projeção para o desempenho da indústria passou de crescimento de 1,5% para queda de 0,4%. De acordo com o relatório, a nova estimativa é reflexo da revisão nas estimativas de crescimento da produção da indústria de transformação (de 0,5% para -1,9%) e da construção civil (de 1,1% para -2,2%). A projeção para o crescimento do setor de serviços para 2014 ficou em 2% (2,2% na estimativa anterior).

A projeção para os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF) passou da expansão de 1% para retração de 2,4%. Essa revisão considerou o recuo da FBCF no primeiro trimestre.

As projeções para os aumentos de exportações e importações de bens e serviços foram revistas de 1,3% para 2,3%, e de 0,9% para 0,6%, respectivamente. Segundo o BC, as mudanças levam em conta a reavaliação das perspectivas de crescimento de importantes parceiros comerciais do Brasil, dos impactos da alta do dólar e da revisão de estimativa de crescimento da economia brasileira.

Para o período de 12 meses encerrado em março de 2015, a estimativa de crescimento do PIB é 1,8%. No ano passado, a economia cresceu 2,5%, de acordo com dados revisados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

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