Por parroyo

O setor público consolidado - governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais- registrou pelo segundo mês seguido déficit primário. Em junho, o déficit primário chegou a R$ 2,1 bilhões. Em maio, o déficit ficou em R$ 11,046 bilhões. Essa foi a primeira vez na série histórica do Banco Central (BC) que foi registrado déficit primário no mês de junho. A série histórica tem início em dezembro de 2001. Em junho do ano passado, houve superávit primário de R$ 5,429 bilhões.

Com esses resultados, no primeiro semestre, o superávit primário ficou em R$ 29,380 bilhões, contra R$ 52,158 bilhões registrados em igual período de 2013.

Em 12 meses encerrados em junho, o superávit primário chegou a R$ 68,528 bilhões, o que corresponde a 1,36% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A meta para o setor público, este ano, é 1,9% do PIB. O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública. O esforço fiscal permite reduzir o endividamento do governo no médio e no longo prazo.

No mês passado, o Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) foi o principal responsável pelo resultado negativo. O déficit primário ficou em R$ 2,732 bilhões. Os governos estaduais registraram déficit primário de R$ 171 milhões e os municipais, superávit de R$ 284 milhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobas, registraram superávit primário de R$ 518 milhões.

O déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, ficou em R$ 20,792 bilhões, em junho, e em R$ 90,866 bilhões, no primeiro semestre. Os gastos com juros chegaram a R$ 18,691 bilhões, no mês passado, e a R$ 120,246 bilhões, de janeiro a junho deste ano.

A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,755 trilhão, em junho. Esse resultado corresponde a 34,9% do PIB, com elevação de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior. A dívida bruta chegou a R$ 2,941 trilhões, em junho, ou 58,5% do PIB, com alta de 0,5 ponto percentual em relação a maio.

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