Por parroyo
A dívida pública mobiliária federal interna subiu 2,40% em novembro frente a outubro, atingindo R$ 2,100 trilhões, com o país registrando a primeira emissão líquida de títulos desde junho passado.
De acordo com dados apresentados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira, o estoque total da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 2,49% em novembro, para R$ 2,209 trilhões, dentro da banda estimada pelo governo entre R$ 2,170 trilhões e R$ 2,320 trilhões para o ano.
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Em novembro, a emissão líquida de títulos federais ficou em R$ 29,651 bilhões, ante resgate líquido de R$ 48,689 bilhões em outubro. A última vez que o país havia registrado emissão líquida foi em junho (R$ 64,246 bilhões).
"Entre julho e outubro, ocorreram vencimentos elevados de títulos. A estratégia do Tesouro considera essa sazonalidade de vencimentos, não há fatores de mercado influenciado essas operações... Em novembro e dezembro ocorrem vencimentos de títulos em volumes baixos", afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida do Tesouro, Fernando Garrido.
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Segundo o Tesouro, os títulos prefixados representaram, em novembro, 40,84% do total da dívida, frente a 40,16% no mês anterior e ficando dentro da meta do governo para o ano (entre 40% e 44%).
Os papéis corrigidos pela inflação representaram 35,38% da dívida em novembro, ante 36,04% em outubro. Para o fim do ano a meta é que fiquem entre 33%  e 37%.
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Já os títulos corrigidos pela Selic corresponderam a 18,92% do total do passivo, ante 19,04% em outubro, voltando a ficar abaixo do teto de meta do ano, de 19%.
Ainda segundo o Tesouro, os investidores estrangeiros reduziram suas aplicações em títulos da dívida mobiliária interna a 20,07% do total do estoque no mês posterior à eleição que deu vitória à presidente Dilma Rousseff. Em outubro, essa participação havia sido de 20,38%.
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A futura equipe econômica --encabeçada pelos ministros indicados Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini-- defende a redução das transferências do Tesouro para os bancos públicos a fim de não pressionar a dívida bruta brasileira.