São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) foi 1,47%, na terceira prévia de março, inferior à variação ocorrida na segunda prévia (1,49%). No entanto, dois dos oito grupos pesquisados apresentaram avanços em índices acima da pesquisa anterior: saúde e cuidados pessoais, de 0,71% para 0,83%, e habitação, de 2,58% para 3,19%.
O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) mostra que em habitação o que puxou o aumento foi a tarifa de energia elétrica residencial com reajuste de 18,36% ante 13,29%. Em saúde e cuidados pessoais, as maiores correções ocorreram no segmento de artigos de higiene e cuidados pessoais de 1,45% para 2,07%.
Já os alimentos subiram com menor intensidade, de 1,25% para 1,09%, com destaque para as hortaliças e legumes que continuaram em alta. Os reajustes desses alimentos perderam força na terceira prévia de março, com variação de 6,24% ante 8,38%. No grupo despesas diversas houve aumento de 0,83%, taxa um pouco abaixo da alta anterior (0,99%). Essa oscilação foi influenciada pelos cigarros, cujos preços aumentaram em média 0,49% ante 0,84%.
Em transportes, o índice também indicou elevação inferior à última apuração de 2,05% para 1,42%. Neste caso, foi o reflexo da gasolina, com alta de 4,56% ante 6,48%. No grupo comunicação, a taxa apresentou variação negativa de 0,06% ante uma alta de 0,07%, o que foi provocado pelo valor cobrado nas mensalidades de TV por assinatura de 0,55% para 0,15%.
No grupo educação, leitura e recreação, o índice atingiu 0,68% ante uma variação de 0,94%. Esse resultado se deve à redução no ritmo de correção dos ingressos em salas de espetáculos, de 2,26% para 1,19%. Em vestuário, ocorreu queda mais expressiva passando de -0,09% para -0,22%, com destaque para as roupas femininas, de -0,29% para -0,61%.
Essas variações foram calculadas com base na coleta de preços feita entre 23 de fevereiro a 22 de março e comparada ao período de 23 de janeiro a 22 de fevereiro. Os cinco itens de maior pressão inflacionária foram: tarifa de energia elétrica residencial (18,36%); gasolina (4,56%); refeições em bares e restaurantes (0,86%); aluguel residencial (0,93%) e condomínio residencial (4,25%).
Já os cinco itens que mais contribuíram para que o IPC-S aumentasse mais lentamente foram: batata inglesa (-5,38%); tarifa de telefone residencial (-0,82%); camisa masculina (-1,36%); blusa feminina (-1,12%) e frango em pedaços (-1,46%).