Por diana.dantas

Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,761 bilhões em maio, no terceiro mês consecutivo de saldo positivo e na melhor marca para o mês de maio em três anos, conforme divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O resultado foi diretamente afetado pelo recuo nas importações e veio acima da expectativa de 15 analistas para o mês, com a mediana das projeções apontando superávit de US$ 2,4 bilhões para o período.

Enquanto as exportações somaram US$ 16,769 bilhões, queda de 15,2% sobre um ano antes pela média diária das operações, as importações alcançaram US$ 14,008 bilhões, recuo de 26,6%.

Mantendo a dinâmica vista nos dois meses anteriores, o saldo positivo em maio foi atingido, portanto, com um declínio mais acentuado das importações que o sofrido pelas exportações, em meio à desaceleração da atividade econômica em um ano de ajustes.

No primeiro trimestre, a economia brasileira encolheu 0,2% ante os últimos três meses do ano passado com o consumo das famílias caindo 1,5% na mesma base de comparação - maior recuo desde o último trimestre de 2008, período de crise global.

ACUMULADO DO ANO

O resultado positivo de maio, o melhor para o mês desde 2012, ajudou a diminuir o déficit da balança no acumulado do ano a US$ 2,305 bilhões, inferior ao saldo negativo de US$ 4,860 bilhões  de igual período do ano passado. Foi também o melhor desempenho para o período desde 2012, quando houve superávit de US$ 6,257 bilhões.

No consolidado do mês, as exportações seguiram afetadas pelo declínio no preço de importantes commodities para a pauta comercial brasileira. As exportações de básicos sofreram retração de 20,8% ante maio de 2014, com destaque para o declínio do minério de ferro (-62,3%), petróleo em bruto (-15,9%) e farelo de soja (-10,6%).

Os embarques de manufaturados e de semimanufaturados no mês também recuaram 8,6% e 4,7 % na comparação anual, respectivamente.

Já as importações foram significativamente impactadas pela menor compra no exterior de combustíveis e lubrificantes (-44,3%), matérias-primas e intermediários (-25,3%), bens de capital (-24,3%) e bens de consumo (-16,1%).

De janeiro a maio, as exportações somaram US$ 74,7 bilhões, recuo de 16,2% ante igual etapa do ano passado pela média diária das operações.

As importações, por sua vez, atingiram US$ 77,005 bilhões no país nos primeiros cinco meses do ano, queda 18,1%, também pela média diária das operações.

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