* Por Leonardo Fuhrmann, interino
Em busca de seu quarto mandato consecutivo no Senado Federal, o petista Eduardo Suplicy se prepara para mostrar seu trabalho como forma de convencer o eleitorado paulista a elegê-lo mais uma vez. Nas campanhas anteriores, o parlamentar foi acusado de não “defender os interesses de São Paulo” e se preocupar em demasia com temas gerais. O plano de sua campanha é apresentá-lo como alguém que se dedica a temas de grande repercussão, como a sempre citada renda básica de cidadania, e até a questões bastante específicas, como a reabertura do Cine Belas Artes e a situação dos vendedores ambulantes autônomos do Parque do Ibirapuera. O desafio agora é maior do que das outras vezes, pois enfrenta José Serra (PSDB), que foi ministro, governador e prefeito da capital paulista.
Para a equipe do senador, Serra e o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab (PSD), que também disputa a vaga, terão mais facilidade de mostrar suas obras, por conta da experiência no Executivo. Dos três, o pessedista conta com o mais tempo de TV, mas está atrás nas intenções de voto e sofre com a maior rejeição. Suplicy vai mostrar a sua participação nos programas de combate à pobreza: desde o Renda Mínima - lançado em 1994 pelo prefeito de Campinas, José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), baseado em suas ideias - até o Bolsa-Família de hoje. Mas o principal mote será mesmo a sua fama de um político "diferente"e honesto, que o acompanha durante toda sua trajetória política, desde 1978 ainda pelo MDB, quando se elegeu deputado estadual. "Honestamente, o melhor" e "Esse cara é do bem" serão os slogans para valorizar esta imagem.
Força nas ruas
A candidatura de Eduardo Suplicy estava ameaçada dentro do PT até os protestos de junho do ano passado. O partido preferia entregar a vaga na chapa para algum aliado. A capacidade de diálogo do senador com os manifestantes fez o comando petista de São Paulo mudar de ideia.
Campanha ao gosto do eleitor em SC
Candidato do PSB ao Senado por Santa Catarina, o deputado Paulo Bornhausen planejou sua ajuda à campanha do presidenciável socialista Eduardo Campos e de sua vice, Marina Silva, líder da Rede. Nas regiões Norte e Sul do Estado, mais industrializadas, e na Grande Florianópolis, ele tem investido mais no nome da ex-ministra do Meio Ambiente. São regiões onde ela é mais conhecida e tem mais popularidade do que Campos. Ele, por outro lado, tem uma força maior com o eleitorado das regiões Oeste, Serrana e no Vale do Itajaí. Assim, tem conseguido que a chapa consiga no Estado praticamente o dobro da intenção de voto que tem no resto do País.
Desburocratização das pesquisas
Além da Lei Brasileira de Inclusão (antigo Estatuto da Pessoa com Deficiência), um dos temas que a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) tem discutido com o presidenciável de seu partido, Aécio Neves, é a desburocratização da importação de bens destinados às pesquisas científica e tecnológica. Relatora do projeto na Comissão de Seguridade Social e Família, ela teve seu parecer aprovado em março. Outras três comissões temáticas analisam o projeto antes de sua ida a plenário.
Problema é a dificuldade de receber amostras
O autor da proposta é o deputado Romário (PSB-RJ). Segundo ele, 76% dos cientistas brasileiros já perderam material científico na alfândega, 99% resolveram mudar os rumos de suas pesquisas em virtude das dificuldades para importar os regentes necessários. Aqui são necessários 30 dias para o recebimento de um produto, em outros países o prazo é 24 horas.