Por monica.lima
O deputado federal Marcus Pestana avalia que os impactos das denúncias de corrupção na Petrobras obrigaram o PT e Dilma a se colocarem em uma posição mais defensivaDivulgação

Para tucanos ligados ao presidenciável Aécio Neves, o efeito dos novos apoios ao candidato ainda estão por vir. O deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro, acredita que os apoios conquistados pelo partido para o segundo turno deixaram a presidenta Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, isolada. Os nomes de maior exposição são os presidenciáveis que perderam no primeiro turno. Além da adesão de Marina Silva (PSB), se aliaram também ao tucano o Pastor Everaldo (PSC) e Eduardo Jorge (PV). Pestana destaca que a petista, por outro lado, não conseguiu o apoio de nenhum adversário derrotado na primeira etapa. Dilma recebeu declarações de voto apenas de alguns líderes do PSB e da Rede, que divergiram da decisão de Marina, e dos deputados eleitos pelo Psol.

Pestana destaca a importância também dos apoios da família do ex-governador Eduardo Campos e do PSB de Pernambuco, Estado onde Marina terminou na primeira colocação e ela e a petista tiveram um desempenho infinitamente superior ao do tucano. A avaliação do parlamentar é que, além do isolamento, os impactos das denúncias de corrupção na Petrobras obrigaram o PT e Dilma a se colocarem em uma posição mais defensiva. O tucano, que se mudou para São Paulo para colaborar com as estratégias de Aécio no programa de TV, acredita que a adversária pode começar a colher também uma rejeição maior por conta da agressividade de sua campanha. “O problema não é a polarização ideológica, que faz parte do processo, mas as informações sem base nenhuma que foram divulgadas para enfraquecer a candidatura da Marina”, afirma.

Giro no Nordeste

Além de ir atrás dos votos de Eduardo Campos em Pernambuco, Aécio Neves investe em todo o Nordeste, onde Dilma leva grande vantagem. Na sexta, o tucano fará caminhada em Salvador, ao lado do prefeito ACM Neto (DEM) e dos ex-candidatos ao Senado Geddel Vieira (PMDB) e Eliana Calmon (PSB). 

Lições do Parlamento

Durante o recesso branco no Congresso, antes do primeiro turno, o que mais se viu lá foram visitas de turistas e estudantes para conhecer as duas casas. Embora não estivessem ocorrendo sessões, a sirene que convoca os senadores para o início dos trabalhos continuou tocando, pontualmente, às 14h. Numa dessas visitas, uma criança perguntou ao funcionário do Senado: “Tio, que barulho é esse que parece o sino da escola avisando que a aula vai começar?”. O servidor respondeu: “ É a sirene, convocando os senadores para a sessão”. A criança indagou: “E cadê os senadores? “. Não houve resposta.

Amiga é para essas coisas

Amiga de Marina Silva, a vereadora em Maceió e candidata derrotada ao Senado Heloísa Helena (Psol) disse que, apesar de não ter tomado uma decisão na mesma linha, respeita a decisão da ex-colega de apoiar o tucano Aécio Neves. “Sei exatamente como Marina compreende e confia nos compromissos programáticos apresentados pelo candidato que decidiu apoiar e, mesmo tendo posição divergente, a respeito profundamente”, disse Heloísa, que não apoia nenhum dos candidatos.

Fidel Castro quer ser vereador em SP

Fidel Castro foi candidato em São Paulo e teve 630 votos. Seu slogan: “Só com Fidel Castro para resolver”. Ele concorreu a deputado estadual pelo PCdoB e ficou entre os 500 mais votados. Mas não vai desistir. Pretende disputar em 2016 uma vaga na Câmara paulistana. Fidel Castro Vianna é um advogado e comerciante do bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo. O pai - que lhe deu o nome do ditador cubano -, era pastor, crítico dos militares e fã de Jânio Quadros e Leonel Brizola.

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Com Leonardo Fuhrmann
Colaborou Edla Lula

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