Por monica.lima
Dilma Rousseff tem sido cautelosa na divulgação dos nomes da equipe para evitar ter de mudar o primeiro escalão por conta de denúncias de corrupçãoJoedson Alves/Reuters

Por Leonardo Fuhrmann (interino)

Aliados esperam se reunir com a presidenta Dilma Rousseff antes do Natal para discutir a formação do novo ministério. Existe uma expectativa de que outros nomes sejam anunciados, apesar de a petista ter divulgado a sua intenção de pedir informações ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre as investigações da Operação Lava-Jato antes de fechar sua equipe. A presidenta tem sido cautelosa na divulgação para evitar ter de mudar o primeiro escalão da nova gestão por conta de denúncias de corrupção. A lista completa de investigados só deve ser conhecida no ano que vem. Dilma também ganhou tempo para acompanhar a movimentação no Congresso dos partidos de sua base. Além do tamanho das bancadas, a fidelidade ao governo também será levada em conta por ela.

O PSD vive a expectativa de ter seu presidente nacional, Gilberto Kassab, indicado para o Ministério das Cidades, mas o PP luta para manter um representante seu no cargo. A disputa é semelhante no Esporte: O PCdoB quer permanecer no posto, mas o PDT e o PMDB também estão interessados, principalmente por conta dos Jogos Olímpicos Rio-2016. O PCdoB pode se contentar com a Cultura ou a Ciência e Tecnologia, mas tem a preocupação de encontrar também uma saída honrosa para o deputado Aldo Rebelo, que desistiu da reeleição para ficar no governo até o fim do atual mandato. O PR acredita que manterá os Transportes e o PDT estuda outra pasta para ficar. O partido manteve o Trabalho nos dois últimos governos e agora cogita respirar novos ares na Esplanada. Existe também uma pressão para que o cargo volte a ser de um sindicalista.
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Secretário defende associações da PM
Escolhido pelo governador paulista Geraldo Alckmin para comandar a Secretaria de Segurança Pública, o ex-promotor de Justiça Alexandre de Moraes terá de administrar dentro das polícias o mal-estar causado pela sua atuação como advogado nos últimos anos. Ele defendeu a Associação de Oficiais da PM e a Associação de Auxílio Mútuo dos Militares de São Paulo (Afam) em processos em que o governo paulista consta como réu. E advogou também em ações contra o comandante-geral da PM e da Academia do Barro Branco, centro de formação de oficiais. A proximidade com entidades dos militares preocupa também integrantes da Polícia Civil.
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Ações de perueiros
O escritório de advocacia do novo secretário de Segurança Pública de São Paulo também presta serviços em diversas demandas judiciais para a Transcooper, uma das cooperativas de perueiros que atuam no sistema de transporte de passageiros da capital paulista.
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Senador pretende viajar pelo País
Prestes a se aposentar depois de ser derrotado nas urnas, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) anunciou a intenção de continuar se dedicando à vida pública, mesmo sem ter um mandato eletivo. Simon completa 85 anos no dia 31 de janeiro de 2015, quando termina o seu terceiro mandato consecutivo, e pretende percorrer o Brasil para discutir suas ideias. Seu herdeiro político é o filho Tiago, que foi eleito para o primeiro mandato como deputado estadual no Rio Grande do Sul.
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Como na época da anistia e das diretas
Militante histórico do antigo MDB e integrante da chamada ala dos autênticos do PMDB, o senador Pedro Simon lembra que ocupou cargos públicos de maneira ininterrupta nos últimos 60 anos. Ele cita as caravanas que fez com outros políticos como exemplos do que pretende fazer . Ele percorreu o Brasil em favor da anistia, no fim dos anos 1970, com o ex- senador Teotônio Vilela. Na década seguinte, repetiu a viagem, com o deputado Ulysses Guimarães, na Diretas-Já.
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