Por bruno.dutra
Integrante do abortado movimento “Volta Lula”, o deputado federal petista Cândido Vaccarezza (SP) pretende apoiar a candidatura da senadora Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo, em 2016, por um partido adversário do PT. Durante a campanha presidencial no ano passado, Marta e Vaccarezza defenderam, sem sucesso, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir a então candidata do partido ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff. Ex-ministra de Lula e Dilma, Marta deixou o comando do Ministério da Cultura e passou a fazer duras críticas ao PT e ao governo, em entrevistas à imprensa. Ela não anunciou ainda sua saída do partido, mas deve ser candidata daqui a dois anos, provavelmente pelo Solidariedade (com apoio do PSB, PV e PPS).
Não reeleito, Vaccarezza deixará a Câmara no final do mês. É o primeiro nome de expressão no PT a dar apoio público ao movimento de defecção iniciado por Marta. O deputado foi líder do governo na Câmara (2010-2012) e secretário-geral do Diretório Nacional do PT (1997-1998). Ele garante, no entanto, que não tem a intenção de deixar o PT. Políticos próximos ao parlamentar propagam o discurso de que Marta não será candidata contra o PT, “mas sim a favor da cidade”. A avaliação do grupo é que a administração de Fernando Haddad na capital paulista “vai mal”, a situação econômica no País “se deteriorou” e o governo federal “perdeu o comando”. Aliados de Vaccarezza lembram que não será seu primeiro embate com o PT, já que ele defendeu uma proposta de reforma política contrária às ideias apresentadas pelo partido.
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Prestígio em baixa
Cândido Vaccarezza está isolado no partido e vinha perdendo prestígio entre seus pares. Na bancada, acumulou derrotas para o líder do governo, Arlindo Chinaglia. Ao lado do deputado cassado André Vargas (PR), ele era um dos líderes do chamado “PMDB do PT”. E bem próximo de líderes peemedebistas.
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Fisep pedirá a Levy menos impostos
A principal preocupação dos empresários que se reúnem hoje na Fiesp com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como não podia deixar de ser, é a possibilidade de aumento dos impostos, principalmente daqueles com impacto direto na produção industrial. O encontro foi articulado pelo presidente da entidade, Paulo Skaf, no dia da posse de Levy, no último dia 5. Será a primeira reunião de Levy como ministro fora de Brasília. Além de empresários e executivos, como Jorge Gerdau, Benjamin Steinbruch e Frederico Curado (Embraer), devem participar da conversa o ex-ministro Delfim Netto e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
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Delgado visita governador do PMDB
Candidato à Presidência da Câmara, o deputado Julio Delgado (PSB-MG) se reúne hoje com o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB). A direção nacional do PMDB já oficializou o apoio à candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), líder do partido na Casa, mas os gaúchos nem sempre seguem as decisões nacionais. Um exemplo foi na última disputa presidencial, quando pediram voto para Marina Silva (PSB) no primeiro turno e Aécio Neves (PSDB) no segundo.
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Campanha do Sul ao Norte do Brasil
O deputado Julio Delgado se reuniu na semana passada com três dos cinco governadores tucanos - entre eles, Geraldo Alckmin, de São Paulo - e com o presidente nacional do partido, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que prometeram empenho pessoal para garantir a vitória do deputado na eleição para a Presidência da Câmara. Os governadores têm influência nas bancadas de seus estados. Nesta semana, Delgado viaja também para o Amazonas e o Pará.