Governo espera encontrar Cunha também disposto ao diálogo
A expectativa da equipe da presidenta Dilma é de encontrá-lo mais aberto ao diálogo do que quando criou o blocão e impôs derrotas ao Executivo. O peemedebista demonstrou sua força entre os deputados ao assegurar a vitória à Presidência na Câmara já no primeiro turno
Por monica.lima
A equipe de articulação política da presidenta Dilma Rousseff, comandada pelo ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, sabe que terá de mudar sua relação com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), eleito presidente da Câmara. Mas existe uma expectativa que, com o cargo na mão, ele também não aja com a mesma contundência do ano passado, quando derrotou o governo diversas vezes a partir da formação do blocão. Oficialmente, Cunha fala em independência em relação ao Executivo, mas sem ser oposição ao governo. A vitória entre os deputados consolida de vez a ascendência do peemedebista perante os colegas, já demonstrada em outros momentos. Caberá a ele e Vargas construírem uma pauta capaz de superar as turbulências econômicas e políticas do ano.
Se o governo ainda pode contar com seu poder de negociação para conter o ímpeto de Cunha, a preocupação dos deputados com atuação em direitos humanos é ainda maior. Ligado à bancada evangélica e eleito graças ao apoio de outros grupos de interesse atuantes no Congresso, como os ruralistas, Cunha é visto como um retrocesso nos temas sociais. Assim como ele, outros aliados a seu grupo que ascenderam com a vitória também causam preocupação. Um exemplo é o primeiro secretário, Beto Mansur (PRB-SP), controlador de um grupo de comunicação no litoral paulista e incluído na “lista suja do trabalho escravo”. Além de uma atuação firme no colégio de líderes, os parlamentares mais ligados às minorias sabem que precisarão contar com uma forte mobilização social para conseguir colocar seus projetos na pauta do plenário.
Publicidade
Petista critica o PT
O ex-deputado petista Candido Vaccarezza, líder na gestão Lula, disse que seu partido ficará fora da Mesa e das comissões “por incompetência da articulação política do governo e do próprio PT na Câmara”. Para ele, o pior “é que informaram à bancada que Arlindo poderia ganhar no primeiro turno”.
Publicidade
Licitação para a comunicação
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Paulo abriu concorrência para a contratação de cinco empresas de assessoria de imprensa. A licitação, na categoria técnica e preço, foi publicada no Diário Oficial de sábado. Uma delas atenderá a própria Secretaria de Comunicação e os gabinetes do prefeito, Fernando Haddad (PT), e da vice, Nádia Campeão (PCdoB). As demais devem atender as secretarias de Saúde, Educação, Transportes e Coordenação das Subprefeituras. Os contratos terão validade de 12 meses. Outros secretários municipais também esperam pela contratação de empresas para atendê-los.
Publicidade
PSDB quer candidato forte
Tucanos paulistas defendem que o partido lance um nome de peso para a eleição na Capital em 2016. Lembram que os adversários lançarão nomes fortes: Fernando Haddad (PT), Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy e Paulo Skaf (esses dois ainda sem partidos definidos). Propõem o lançamento, então, do senador Aloysio Nunes. Serra estaria descartado. Por enquanto, sonham com a candidatura o vereador Andrea Matarazzo e dois herdeiros do governador Mário Covas (morto em 2001): seu neto Bruno Covas e o filho, Mário Covas Neto.
Publicidade
Ciro Gomes vai morar em São Paulo
O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes mudou-se de Fortaleza para São Paulo. Comunicou a amigos que irá trabalhar na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Diz que irá sempre ao Ceará para manter contatos com integrantes de seu partido, o Pros. Deixou claro que não abandonará a política e quer participar, mesmo de longe, da eleição municipal em seu Estado, no próximo ano.
Publicidade
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Com Leonardo Fuhrmann Colaborou Patrycia Monteiro Rizzotto