Por monica.lima
O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki acabou com o sigilo na investigação da Operação Lava JatoNelson Jr/SCO/STF

Desde quarta-feira, o procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, já apostava que o ministro Teori Zavascki, do STF, iria acabar com o sigilo das investigações contra políticos com foro especial em razão do cargo. Para Janot, a partir desse momento, o trabalho “será esquadrinhado e submetido aos mais duros testes de coerência”. Ele, no entanto, considera a situação normal. “É um valor central da democracia e do princípio republicano a submissão de qualquer autoridade pública ao crivo dos cidadãos brasileiros”, afirmou, em longa mensagem dirigida a colegas da Procuradoria. Janot agradeceu o empenho do grupo de trabalho baseado em Brasília, a força-tarefa sediada em Curitiba e a equipe de seu gabinete. Ele é conhecido na instituição por trabalhar sempre com diversos colegas em sua equipe.

O procurador-geral destaca as resistências que deve enfrentar. “Tenho experiência para compreender como a parte disfuncional do sistema político comporta-se ao enfrentar uma atuação vigorosa do Ministério Público no combate à corrupção”, ressaltou. Janot diz ter certeza que realizou seu trabalho “em direção aos fatos investigados, independentemente dos envolvidos, dos seus matizes partidários e dos cargos públicos que ocupam ou ocuparam”. E afirma saber que não terá unanimidade em relação ao trabalho, mas espera, principalmente dos colegas, a certeza de que seguiu convicções técnicas. “Afastei, desde logo, qualquer outro caminho, ainda que parecesse mais fácil ou sedutor, de modo que busquei incessantemente pautar minha conduta com o norte das missões constitucionais do Ministério Público”, acrescentou.

Inverno quente

Aos colegas, Rodrigo Janot atribuiu à “sorte” o fato de estar à frente do Ministério Público no momento de “um dos seus maiores desafios institucionais”. E afirmou ser “grato” por “servir ao País e à sociedade”, como procurador-geral da República, “no inverno” de sua “longa carreira pública”.

BC criticado

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central responsabiliza em parte o BC pela drenagem de dinheiro oculto para as contas do HSBC na Suiça. Para o sindicato, o BC deixou de “fazer o dever de casa” ao não atentar para o cumprimento “das normas de prevenção de lavagem de dinheiro”.

Velhos comunistas

As negociações para a senadora Marta Suplicy (PT-SP) concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2016 pelo PSB envolveram, segundo tucanos, o seu marido Márcio Toledo e o chefe da Casa Civil do governo Alckmin, Edson Aparecido. Toledo, ex-PCB, e Aparecido, ex-PCdoB, são amigos.

Suspenso processo de escolha no PSDB

Depois de conseguir a aprovação dos principais líderes do PSDB em São Paulo para assumir o Diretório Municipal tucano, o vereador Mário Covas Neto, o Zuzinha, filho do governador Mário Covas (morto em 2001), iniciou conversas para a escolha do candidato do partido à prefeitura em 2016. Acabou de concluir as articulações com os diretórios zonais para a definição entre o vereador Andrea Matarazzo, os deputados Bruno Covas e Ricardo Tripoli e o suplente de senador José Anibal. Agora, terá de paralisar o processo por causa da decisão do PSDB de adiar por dois meses as datas de suas convenções no País.

Demora atrapalha candidato novo

Os mandatos dos dirigentes do PSDB - como o do presidente nacional, Aécio Neves - foram prorrogados. A medida (que pode ser ampliada para mais um ano) trará prejuízos à campanha em 2016, afirmam tucanos. Zuzinha pretende pedir explicações à direção estadual do PSDB, em reunião hoje do diretório. "Vamos ter novos candidatos. E a definição deveria sair logo para trabalhar melhor o nome”, observou.

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Com Leonardo Fuhrmann

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