Por monica.lima

A CPI da Petrobras realizou ontem uma reunião constrangedora. No lugar dos depoentes estavam alguns peixes miúdos prestando depoimentos que não fizeram a investigação sair do estacionamento. A parte mais emocionante foi reservada para que alguns de seus próprios membros dessem explicações sobre os motivos para estarem em listas e citações de delação premiada, como foi o caso de Hugo Motta, Luiz Sérgio e Júlio Delgado, os dois primeiros presidente e relator. Para não ficar sem novidades, anunciaram as acareações entre Pedro Barusco, ex-gerente-executivo da Petrobras e Renato Duque ex-gerente de serviços e entre este e João Vaccari Neto. Mas o depoimento do presidente do Instituto Lula, tido como troféu da oposição ainda está sem data marcada. E isso porque a comissão precisa criar um fato importante para poder ir para o recesso que começa no dia 17 de julho.

Mineiramente

Em silêncio, como gostam de trabalhar os mineiros, Aécio Neves está mudando os presidentes dos diretórios do PSDB nos estados. Em alguns deles, contrariando os métodos praticados em Minas Gerais. Não conversa; age. Quer resolver o assunto até a convenção do PSDB, domingo, quando Aécio será reconduzido à presidência.

Dia de emoções

Será concorrida a divulgação, logo mais, da pesquisa CNI-Ibope sobre a avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff. Quem teve acesso à parte do levantamento não achou motivo para comemorar. O período de coleta de dados foi 18 a 20/06, muito próximo dos dias em que o Datafolha (16 a 17/06) foi a campo e registrou queda da petista. Ela estaria muito próxima de bater o recorde do qual todos os governantes tentam fugir.

Falta de clima

Não fluiu bem o diálogo na reunião de quatro horas, no gabinete do vice-presidente Michel Temer, na segunda-feira, para montar a pauta de votações do Senado. Coma a participação de Eliseu Padilha, Ricardo Berzoini, Aloizio Mercadante e os líderes Eunício Oliveira e Delcídio Amaral, a conversa descambou para cobranças. O projeto sobre desoneração, que ia direto para o plenário, enganchou na burocracia de comissões técnicas.

A metamorfose

Um parlamentar que desfrutou da intimidade do ex-presidente Lula na Constituinte não acredita que viveu tempo suficiente para ver a nova metamorfose do petista. Avesso à vida parlamentar e adepto do confronto pelo gogó, Lula é hoje, segundo esse observador, um congressista nato. Diante da situação complicada do governo e do PT e da boa convivência de Renan Calheiros com José Serra, ele usa toda habilidade que conquistou nas últimas décadas para se misturar a deputados e senadores e a língua deles.

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